in Diário de Notícias
Os portugueses acham que o Governo se prepara para cortar na Saúde, Educação, Segurança Social e Defesa, mas por eles os cortes de quatro mil milhões de euros seriam feitos nas parcerias público privadas (PPP), juros da dívida e Defesa. Mais: Saúde, Educação e Segurança social são as áreas onde menos se deve cortar, de acordo com o barómetro de fevereiro de 2013 do CESOP/UCP, para o DN, JN, Antena 1 e RTP.
O apoio aos cortes nestas três funções sociais do Estado - que o Governo elegeu como prioritárias na redução de despesa a apresentar à troika na sétima avaliação, que decorre atualmente - é ínfimo entre os inquiridos do barómetro. Apenas 1% dos portugueses na Educação e Saúde, e 5% na Segurança Social, gostariam de cortar aí se a decisão fosse deles. E para 10% também já se atingiu o limite, ao recusarem que haja mais cortes (há 2% que pensa que o Governo acabará por não fazer cortes).
Hoje, na edição impressa e epaper do DN ficará ainda a saber o que pensam os portugueses sobre a idade indicada para a reforma, qual a confiança que têm nas instituições do Estado e também o que deve ser feito com as forças de segurança (reduzir os seus efectivos ou não).
FICHA TÉCNICA: Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro de 2013. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por regiões NUT II e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2009 e 2011 nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma, estivessem a menos de 1% do resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1141 inquéritos válidos, sendo que 57% dos inquiridos eram do sexo feminino, 24% da região Norte, 22% do Centro, 39% de Lisboa, 7% do Alentejo e 8% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 41,1%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1141 inquiridos é de 2,9%, com um nível de confiança de 95%.