por Anabela Góis, in RR
Vencedores do “Start Me Up” são conhecidos a 7 de Junho. Vão receber 12.500 dólares para passaram à prática as suas ideias e uma viagem aos Estados Unidos, onde podem aprender a fazê-lo.
Em tempos de crise não basta ter uma boa ideia, mas pode ser o princípio. Foi o que pensaram 250 portugueses que concorreram com projectos ao “Start Me Up”, uma iniciativa da embaixada norte-americana em Lisboa que vai ajudar os dois vencedores a passarem das ideias à prática.
Esta segunda-feira arranca uma fase decisiva a que o embaixador Allan Katz chama “bootcamp”. Na prática, os 25 concorrentes que ainda se mantêm vão montar o seu negócio.
“Nos Estados Unidos, a maioria dos nossos empreendedores já falhou pelo menos uma vez e a maioria mais do que uma. Muitas vezes nem sequer confiamos em empreendedores que não tenham falhado", porque aprende-se sempre alguma coisa disse à Renascença o embaixador, acrescentando, que “se tiveres sucesso à primeira, pensas que és a pessoa mais esperta do mundo. Depois tens sucesso durante um bocado, nunca falhaste antes, e a tendência é para, mais tarde, um falhanço muito maior.”
É desta prova que vão sair os dois vencedores, que levam para casa experiência e dinheiro para os primeiros tempos. “Penso que o ‘bootcamp’ é muito útil para treinar e preparar pessoas para terem o seu próprio negócio”, considera Allan Katz.
“Há uma grande final a 7 de Junho em que vamos escolher dois vencedores. Cada um deles vai receber 12.500 dólares e uma viagem aos Estados Unidos, onde vão desenvolver a sua ideia”, revela o embaixador Allan Katz, que vê este projecto como uma forma de dar um “empurrão” a quem tem boas ideias, mas não sabe como concretizá-las.
“Todos pensamos na liberdade de ideias como elemento da democracia ao nível político, mas por vezes esquecemo-nos de que ela permite a criatividade também a nível comercial. Penso que leva o seu tempo e esforço. Francamente, se se pode ter a ajuda da família e dos amigos que já passaram por este processo, como em quase tudo na vida, torna as coisas um pouco mais fáceis”, aconselha ainda o embaixador.