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Associação ligada ao sector garante que cerca de seis técnicos especializados também podem ser atirados para o desemprego.
Cerca de 12 mil crianças podem ficar sem apoio se não forem alteradas as novas regras de subsídio de educação especial. As contas são da Associação de Empresas de Apoio Especializado.
“Desde Setembro de 2013 que os pais não recebem os apoios que o Estado tem disponíveis e, como tal, desde Janeiro, que já temos indicação de técnicos e clínicas que cessaram a actividade”, explica o presidente da associação, acrescentando que este cenário coloca em risco “entre 11 a 12 mil crianças que vão ficar sem estes apoios”.
Nestas declarações à Renascença, Bruno Carvalho garante estão também em vias de ir para o desemprego seis mil técnicos da área.
“Estamos a falar de mais de três mil psicólogos, 1.500 terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, ou seja, no total, entre cinco a seis mil técnicos especializados que vão para o desemprego”, descreve.
A associação pede, por isso, uma urgente revisão dos critérios de acesso ao subsídio de educação especial. O assunto vai estar esta sexta-feira em discussão no Parlamento.
Em causa está o protocolo, assinado em Outubro de 2013 entre o Instituto de Segurança Social (ISS) e a Direcção Geral de Estabelecimentos Escolares, onde ficou definido que a aferição da deficiência da criança ou do jovem, e consequente atribuição de subsídio, passava a ser responsabilidade não do médico, mas de "organismos exteriores em ligação com o ISS".