Maria João Costa, in RR
Ministério da Cultura admite redução do número de visitantes nos museus, palácios e monumentos. Vai ser dada prioridade a bilhetes pré-comprados e visitas pré-agendadas.
Os museus, monumentos, palácios nacionais e sítios arqueológicos vão reabrir na próxima segunda-feira, Dia Internacional dos Museus, mas com regras diferentes. Esta quarta-feira de manhã, na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, o Ministério da Cultura admitiu que pode haver uma “diminuição de visitantes”. Contudo, “as regras não são fixas”, explicou a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira.
Aos deputados, Ângela Ferreira indicou que está previsto nas visitas a museus, “uma pessoa por cada 20 metros quadrados”. A responsável do ministério com a tutela do património acrescentou, no entanto que “há uma geografia variável”, em função dos espaços museológicos.
Quanto ao pagamento, será dada prioridade “a visitas de grupos pré-agendadas”, indicou a secretária de Estado adjunta e do património cultural que explicou também que quem se dirigir à bilheteira para as quais já foram comprados “acrílicos” de proteção, deverá optar por pagar com cartão.
Estas regras foram clarificadas na comissão parlamentar em que também a ministra da Cultura falou do desconfinamento dos museus. Graça Fonseca admitiu uma “reabertura progressiva” destes espaços de cultura, onde também há trabalhadores de risco que não vão voltar ao trabalho.
As grutas vão continuar fechadas
“As grutas não vão abrir”, confirmou a secretária de Estado da Cultura no parlamento. Aos deputados, Ângela Ferreira explicou que a questão tem sido levantada ao Ministério da Cultura e que as grutas serão “o único equipamento” da tutela que “não vão abrir”.
Sobre outras regras de segurança, a responsável confirmou que haverá a “colocação de acrílicos nas zonas de atendimento e bilheteiras”. Já quanto a equipamento de proteção individual (EPI), Ângela Ferreira explicou que “não serão disponibilizados todos ao mesmo tempo”. As aquisições destes elementos de proteção nesta fase de pandemia estão a ser “adquiridos até ao final do ano e estão a ser disponibilizados periodicamente”.
Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, considerou que os financiamentos ao setor “têm de ser reavaliados”. Na segunda parte da comissão parlamentar de cultura, o titular afirmou que tendo em conta o regresso a “uma nova normalidade”, por causa da pandemia da Covid-19 tem de haver adaptações.
“Isto exige não apenas a ativação de medidas financeiras ou de apoios. Exige uma reavaliação completa do tipo de cinema, séries e documentários que poderemos fazer”, disse Nuno Artur Silva que apontou que estão a dialogar com “todo o setor e associações”.
“É fundamental percebermos que não é só uma questão de introduzir linhas de financiamento” acrescentou o governante. Na opinião expressa aos deputados, Nuno Artur Silva sublinhou que é preciso discutir “para quê e em que condições” são dados esses apoios.
Dado o quadro de pandemia, “os projetos têm de ser reavaliados em função daquilo que pode ser gravado”, disse Nuno Artur Silva na audição da comissão parlamentar de Cultura e Comunicação. Pegando num exemplo, o responsável indicou que “é mais difícil neste momento fazer ficção, do que documentários”.
“A crise obriga-nos a nós, ministério da cultura a repensar o tipo de apoios, como obriga os artistas e criadores a pensarem que filmes e séries podem fazer com a realidade”.
Aos deputados, o secretário de Estado apontou ainda outras prioridades de atuação, nomeadamente “a revisão do plano estratégico da RTP”, a criação de um novo plano estratégico para o cinema e audiovisual e a “transposição da diretiva audiovisual, que vai criar obrigações para os investidores estrangeiros”.
Esta audição da equipa do ministério da Cultura, foi agendada na sequência do requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PSD sobre os planos urbanísticos projetados para os terrenos do Centro de Produção do Norte, no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia.
O caso gerou alguma crispação no tom entre deputados e governantes com a ministra da cultura Graça Fonseca a rematar a questão acusando o “PSD de usar a RTP como arma de arremesso político.”
Os museus, monumentos, palácios nacionais e sítios arqueológicos vão reabrir na próxima segunda-feira, Dia Internacional dos Museus, mas com regras diferentes. Esta quarta-feira de manhã, na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, o Ministério da Cultura admitiu que pode haver uma “diminuição de visitantes”. Contudo, “as regras não são fixas”, explicou a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira.
Aos deputados, Ângela Ferreira indicou que está previsto nas visitas a museus, “uma pessoa por cada 20 metros quadrados”. A responsável do ministério com a tutela do património acrescentou, no entanto que “há uma geografia variável”, em função dos espaços museológicos.
Quanto ao pagamento, será dada prioridade “a visitas de grupos pré-agendadas”, indicou a secretária de Estado adjunta e do património cultural que explicou também que quem se dirigir à bilheteira para as quais já foram comprados “acrílicos” de proteção, deverá optar por pagar com cartão.
Estas regras foram clarificadas na comissão parlamentar em que também a ministra da Cultura falou do desconfinamento dos museus. Graça Fonseca admitiu uma “reabertura progressiva” destes espaços de cultura, onde também há trabalhadores de risco que não vão voltar ao trabalho.
As grutas vão continuar fechadas
“As grutas não vão abrir”, confirmou a secretária de Estado da Cultura no parlamento. Aos deputados, Ângela Ferreira explicou que a questão tem sido levantada ao Ministério da Cultura e que as grutas serão “o único equipamento” da tutela que “não vão abrir”.
Sobre outras regras de segurança, a responsável confirmou que haverá a “colocação de acrílicos nas zonas de atendimento e bilheteiras”. Já quanto a equipamento de proteção individual (EPI), Ângela Ferreira explicou que “não serão disponibilizados todos ao mesmo tempo”. As aquisições destes elementos de proteção nesta fase de pandemia estão a ser “adquiridos até ao final do ano e estão a ser disponibilizados periodicamente”.
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RTP e reavaliação dos apoios ao cinema e audiovisual
Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, considerou que os financiamentos ao setor “têm de ser reavaliados”. Na segunda parte da comissão parlamentar de cultura, o titular afirmou que tendo em conta o regresso a “uma nova normalidade”, por causa da pandemia da Covid-19 tem de haver adaptações.
“Isto exige não apenas a ativação de medidas financeiras ou de apoios. Exige uma reavaliação completa do tipo de cinema, séries e documentários que poderemos fazer”, disse Nuno Artur Silva que apontou que estão a dialogar com “todo o setor e associações”.
“É fundamental percebermos que não é só uma questão de introduzir linhas de financiamento” acrescentou o governante. Na opinião expressa aos deputados, Nuno Artur Silva sublinhou que é preciso discutir “para quê e em que condições” são dados esses apoios.
Dado o quadro de pandemia, “os projetos têm de ser reavaliados em função daquilo que pode ser gravado”, disse Nuno Artur Silva na audição da comissão parlamentar de Cultura e Comunicação. Pegando num exemplo, o responsável indicou que “é mais difícil neste momento fazer ficção, do que documentários”.
“A crise obriga-nos a nós, ministério da cultura a repensar o tipo de apoios, como obriga os artistas e criadores a pensarem que filmes e séries podem fazer com a realidade”.
Aos deputados, o secretário de Estado apontou ainda outras prioridades de atuação, nomeadamente “a revisão do plano estratégico da RTP”, a criação de um novo plano estratégico para o cinema e audiovisual e a “transposição da diretiva audiovisual, que vai criar obrigações para os investidores estrangeiros”.
Esta audição da equipa do ministério da Cultura, foi agendada na sequência do requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PSD sobre os planos urbanísticos projetados para os terrenos do Centro de Produção do Norte, no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia.
O caso gerou alguma crispação no tom entre deputados e governantes com a ministra da cultura Graça Fonseca a rematar a questão acusando o “PSD de usar a RTP como arma de arremesso político.”
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