17.7.12

AMI: Produtos da marca «SOS Pobreza» com bom acolhimento

in Diário Digital

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) revelou hoje que os produtos da marca de solidariedade SOS Pobreza lançados pela organização estão a ter «bom acolhimento», com vários hipermercados a pedirem o reabastecimento da mercadoria.

Desde o dia 06 de julho que 55 hipermercados espalhados pelo país têm nas suas prateleiras produtos de consumo básico, vendidos a “preço justo”, como farinhas, arroz, azeite, óleo alimentar, frutas e legumes, águas, refrigerantes, papel higiénico, rolos de cozinha e guardanapos.

Ressalvando que ainda não há dados sobre o volume vendas, o presidente da AMI disse à agência Lusa que “os produtos estão a ter bom acolhimento” nos hipermercados localizados em 44 localidades do país.

Fernando Nobre adiantou que há “bastantes supermercados a pedirem novo abastecimento, tanto dos produtos alimentares, como dos de higiene, que também fazem parte do lote dos 30 produtos” colocados no mercado.

Para o presidente da AMI, a boa recetividade dos portugueses a estes produtos prende-se com o facto de saberem que “a receita líquida da venda reverte para as ações sociais da AMI” em todo o país e que são “produtos nacionais”.

“Esses dois fatores são estimulantes para que as pessoas se interessem pelos produtos, mas é uma leitura muito provisória", disse o responsável, adiantando que o balanço será feito no final da semana.

A 'SOS Pobreza' é a primeira marca nacional de solidariedade que abrange trinta bens essenciais e tem como objetivo ajudar a combater a pobreza que existe em Portugal, lembrou.

“Conseguimos congregar a vontade de nove produtores nacionais, entre os quais algumas cooperativas, e de quatro distribuidores nacionais (Jumbo, Pingo Doce, Leclerc e Continente), que disponibilizaram 55 grandes superfícies em 44 localidades distintas do país”, adiantou Fernando Nobre.

No primeiro semestre deste ano, os 12 centros sociais da AMI apoiaram 10.030 pessoas, o que corresponde ao dobro das ajudadas durante todo o ano de 2009, “o ano do arranque da grande tragédia financeira em Portugal e também noutras partes do mundo”.

Segundo a organização humanitária, das pessoas que procuraram os serviços sociais da AMI, uma em cada quatro fê-lo pela primeira vez.

Os serviços sociais mais utilizados nos primeiros seis meses do ano foram os pedidos de alimentos (57%), seguindo-se o apoio social (54%) e os pedidos de roupas (42%).

A maioria estava em idade ativa, um quarto tem menos de 16 anos e sete por cento tem mais de 65 anos, sendo sobretudo cidadãos portugueses e com baixas habilitações literárias.