Miguel Viana, in Correio do Minho
Os reformados portugueses, e em particular os do distrito de Braga, estão a atingir o limiar da pobreza. Quem o diz é a Inter-Reformados de Braga, uma estrutura ligada à CGTP, que marcou para amanhã, uma ‘Tribuna Pública’ no centro de Braga. O encontro está marcado para as 14.30 horas, na Rua do Castelo. O objectivo é denunciar “os atropelos do Governo, tais como o roubo dos subsídios de férias e de Natal, e o fim da isenção dos medicamentos para os reformados”, disse Celestino Gonçalves, dirigente da Inter-Reformados.
O mesmo dirigente lamentou “o aumento exagerado dos bens essenciais (água, luz e gás), que os reformados sentem muito mais. A solução é lutar”. Depois da Tribuna Pública vai ser entregue, na Segurança Social de Braga, uma resolução onde constam algumas exigências tais como um aumento de 25 euros para as pensões mínimas e a gratuitidade de medicamentos genéricos para doentes crónicos, entre outr as.
Os cortes ilegais nos subsídios, nomeadamente dos funcionários públicos que prestam serviço em empresas privadas, é outro dos assuntos que vai estar em cima da mesa
“O Governo continua de costas voltadas para os portugueses, mas há cada vez mais protestos de todo o tipo, e isso faz mossa. O nosso lema é continuar a lutar”, defendeu Celestino Gonçalves.
A luta nas ruas é, no entender da Inter-Reformados, a única forma de fazer valer os direitos de milhares de pessoas.
“Em Braga, 213 famílias já não conseguem pagar as contas da água. Começa a ser impossível viver no nosso país e nós, reformados, já não temos idade nem capacidade para emigrar”, considerou Celestino Gonçalves. Além da ‘Tribuna Pública’ está a decorrer um abaixo-assinado para a entrega, na Assembleia da República, de uma petição sobre a situação dos reformados e pensionistas em Portugal, e sobre o aumento das reformas.