5.11.12

Emigração poderá justificar quebra no desemprego

in Diário de Notícias

O secretário-geral da UGT, João Proença, desvalorizou hoje a quebra da taxa de desemprego estimada pelo Eurostat para Portugal em setembro, mas destacou a descida do desemprego entre os jovens, que atribuiu essencialmente à "grande emigração".

Para João Proença, a diminuição de 0,6 pontos percentuais para os 35,1% da taxa de desemprego dos jovens em setembro, em relação a agosto, pode ser vista como "positiva", tendo em conta sobretudo a altura do ano.

"Pode, no entanto, refletir uma tendência de grande emigração, especialmente entre os jovens licenciados", alertou o secretário-geral da UGT.

Em relação ao recuo da taxa de desemprego, que em setembro se fixou, segundo o Eurostat, nos 15,7%, uma décima abaixo de agosto, João Proença desvalorizou a descida, referindo tratar-se apenas de um efeito sazonal.

"O desemprego vai continuar a subir e para níveis insustentáveis", avisou.

Na UE, a taxa de desemprego foi de 10,6%, estável em relação ao mês anterior

As taxas de desemprego mais altas foram registadas em Espanha (25,8%), Grécia (25,1%, segundo dados de julho) e Portugal (15,7%).

As mais baixas verificaram-se na Áustria (4,4%), Luxemburgo (5,2), Alemanha e Holanda (ambas com 5,4%).

No que respeita ao desemprego juvenil, a Grécia apresenta a mais elevada taxa (55,6%, dados de julho), seguida da Espanha (54,2%), Portugal e Itália (35,1% cada).

Em setembro de 2011, a taxa de desemprego em Portugal foi de 13,1%, de 10,3% na zona euro e de 9,8 na UE, havendo subidas significativas na comparação homóloga.