in Público on-line
Maiores economias devem procurar soluções para uma economia global a “três velocidades”.
Se as maiores economias do mundo e os países emergentes tivessem optado por políticas menos proteccionistas nos últimos anos, teriam melhorado a competitividade, defendeu a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Para fomentar o crescimento, é preciso retirar barreiras proteccionistas, sustentou Christine Lagarde, na quinta-feira, em Londres, num debate que antecedeu os encontros dos ministros das Finanças e Economia do G7, que arrancam nesta sexta-feira em Aylesbury.
“Durante a crise, desde 2007, os 20 primeiros países industrializados e emergentes adoptaram mais de 200 medidas proteccionistas. As trocas comerciais cresceram nesse período, não questionamos isso, mas os dados mostram até que ponto poderiam ter aumentado ainda mais”, reforçou Lagarde, segundo a agência Efe.
Para a líder do FMI, escreve a mesma agência, os responsáveis das sete maiores economias desenvolvidas (Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França e Itália) devem procurar soluções para uma economia global a “três velocidades”.
Segundo Lagarde, é preciso ter em conta o facto de o crescimento mundial estar a ser “puxado” pelas economias emergentes, que este ano deverão crescer a um ritmo de 5,3%. E, ao mesmo tempo, disse, enquanto a economia dos Estados Unidos continua o caminho da retoma, na Europa, os países enfrentam uma crise da dívida soberana e procuram uma resposta para ultrapassarem as dificuldades económicas e financeiras.
Na mesma conferência, o ministro britânico das Finanças, George Osborne, defendeu a necessidade de os responsáveis do G7 debaterem medidas que estimulem a procura, mas sem esquecer o objectivo de manterem as contas públicas equilibradas.
O mesmo diz o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew, que, falando do caso europeu – leia-se zona euro –, defendeu a necessidade de se calibrar o ritmo de correcção dos desequilíbrios orçamentais. Porque, disse, “uma consolidação orçamental brutal” pode pôr em risco a procura.


