in RTP
A economia portuguesa voltará a contrair 1 por cento no próximo ano, enquanto a taxa de desemprego vai subir para um novo máximo histórico de 16,4 por cento da população ativa.
Este é o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2013 (OE2013), idêntico ao divulgado no início do mês pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
A confirmarem-se as projeções do Executivo, será o terceiro ano consecutivo de recessão, e o quinto consecutivo de aumento do desemprego. Só em 2014 é que haverá uma recuperação, com o PIB a crescer 1,2% e a taxa de desemprego a recuar para 15,9%.
Nas contas do Governo, 2013 voltará a ser um ano de `apertar o cinto`, com o consumo privado a reduzir-se 2,2%. O investimento também sofrerá nova queda (menos 4,2%).
Assim, o único fator a contribuir para o crescimento económico será o comércio externo. O Governo prevê um aumento (embora mais moderado) das exportações (3,6 por cento), e uma quebra também mais modesta das importações (1,4 por cento).
A inflação deverá rondar uma taxa de 1% no próximo ano, bastante abaixo da que se deverá registar em 2012.
O Governo prevê ainda para o próximo ano um défice orçamental de 4,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), que remeterá a dívida pública para os 124 por cento do PIB no final do próximo ano.