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O antigo presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker, foi hoje surpreendido no Porto por uma dezena de manifestantes do movimento "Que se lixe a troika" a quem se dirigiu para responder a algumas questões sobre a atual situação na Europa.
"Porque é que o banco central europeu lucra milhões de euros com a crise?" questionou um dos manifestantes ao primeiro-ministro do Luxemburgo que logo respondeu: "O banco central está prestes a salvar Portugal porque sem o ele Portugal estaria numa situação bem pior que esta em que se encontra".
Juncker acrescentou que "a política de Bruxelas e o BCE são coisas diferentes", explicando que "não há uma verdadeira política económica europeia porque todos os estados membros aplicam a sua própria política".
" O que é um erro", considerou o ex-presidente do Eurogrupo para quem "se deveriam coordenar as diferentes políticas económicas dos estados membros".
Os manifestantes do movimento decidiram hoje protestar frente à reitoria da Universidade do Porto no final da cerimónia de atribuição de doutoramento "Honoris Causa" a Jean-Claude Juncker.
"Juncker é o inventor da ?troika' e, se nós estamos contra a ?troika', quem melhor do que ele para nós expressarmos o nosso desagrado com a invenção com que ele nos banqueteou", explicou João Vilela, um dos representantes do movimento.
Para o porta-voz "a ´troika' não está a financiar Portugal, a ´troika' deu dinheiro ao Estado português a juros completamente usurários com o objetivo de viver à custa do esbulho dos trabalhadores portugueses".
O movimento garantiu ainda que "a luta continuará até expulsão da ´troika' e derrube deste governo ou qualquer um que tenha a intenção de aplicar o memorando"