O isolamento social está relacionado com vários problemas de saúde mental tais como depressão e ansiedade. Um artigo da enfermeira Filipa Alves, Coordenadora Técnica das Unidades de Cuidados Continuados e ERPI da Ordem da Trindade. Desde que a pandemia se tornou uma realidade, os idosos têm sido encorajados a distanciarem-se fisicamente de modo a se protegerem de uma possível contaminação. À data, parece que estas indicações estarão em vigor por uma quantidade indefinida de tempo, o que aumenta o risco de isolamento social, um potencial problema de saúde pública para todos e em particular nos idosos.
O isolamento social está relacionado com vários problemas de saúde mental tais como depressão e ansiedade. Para que os efeitos deste fenómeno não sejam destrutivos, e para que acima de tudo seja preservada a saúde mental, é necessário um grande esforço da parte de profissionais de saúde e familiares.
Apesar de poderem estar bem de saúde, os adultos em idade mais avançada estão em elevado risco de desenvolver problemas de saúde mental - mesmo em circunstâncias normais. Este risco não é específico aos indivíduos em anos de reforma, mas nesta fase da vida existem fatores de stress adicionais que podem ser experienciados por cidadãos sénior, tais como a perda de capacidades motoras, mobilidade reduzida e outros problemas de saúde de natureza crónica que requerem cuidados a longo termo.
Em especial durante esta crise de saúde pública, é vital manter a conexão social deste segmento da população. A verdade é que a maioria dos idosos não se sente confortável a manusear smartphones ou a interpretar a linguagem mediática e por isso é necessário manter o contacto e explicar as notícias de maneira percetível para todos.