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Em média, os jovens precários ganham 3,33 euros/hora enquanto um trabalhador com as mesmas funções mas com um vínculo efectivo ganha 5,60 euros/hora.
Num universo de 187 mil pessoas, mais de metade dos jovens trabalhadores do distrito de Lisboa tem um vínculo precário com as respectivas empresas. São dados avançados pela Interjovem/Lisboa.
Filipa Costa, coordenadora do sindicato, disse à agência Lusa que 54,8% dos jovens trabalhadores do distrito de Lisboa, com menos de 30 anos, um total de 102.500, trabalham em regime de precariedade, apesar de assegurarem funções permanentes, e ganham menos 40% que os efectivos.
A Interjovem/Lisboa, estrutura da CGTP dedicada aos jovens do distrito de Lisboa, vai entregar esta sexta-feira no Ministério do Emprego um “dossier” com um levantamento das situações de precariedade dos jovens trabalhadores a nível distrital.
"Pretendemos denunciar esta situação, sobretudo porque cada vez mais se fazem despedimentos para depois se colocarem nesses lugares jovens em regime precário e com baixos salários", disse Filipa Costa.
O levantamento feito pela Interjovem/Lisboa refere que os jovens trabalhadores efectivos recebem em média 5,60 euros por cada hora de trabalho, enquanto os contratados a prazo recebem 4,05 euros e os temporários ganham 3,33 euros.
O sector do comércio, a área da logística (grande distribuição) e os “call center'”são os principais empregadores em regime de precariedade, disse Filipa Costa.
A análise da Interjovem foi feita com base em dados estatísticos do ministério do emprego e com base num levantamento feito pelos diversos sindicatos a nível sectorial.