31.8.21

Taxa de desemprego recua para 6,6% em julho. Há 341 mil desempregados

Cátia Mateus, in Expresso

INE contabiliza 341 mil desempregados no sétimo mês do ano. Número corresponde a uma descida de 3,3% em relação ao mês anterior e de 15,7% face ao mesmo mês de 2020. A população empregada aumentou em julho 0,8% (39,5 mil), para 4,84 milhões de pessoas

O desemprego em Portugal voltou a recuar em julho. Os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda são provisórios, mas sinalizam uma nova diminuição da taxa de desemprego para 6,6%, menos 0,2 pontos percentuais do que o registado em junho e menos 1,5 pontos percentuais (p.p.) do que o apurado no mesmo mês do ano passado.

No sétimo mês do ano, a população desempregada recuou 3,3% em cadeia, para 341 mil pessoas, enquanto a população empregada cresceu 0,5%, para 4,84 milhões de pessoas. Taxa de subutilização do trabalho voltou a recuar para os 12,5%.

"Em julho de 2021, a população desempregada, estimada em 341 mil pessoas, diminuiu 3,3% (11,6 mil) em relação ao mês anterior, 3,7% (13 mil) relativamente a três meses antes e 15,7% (63,7 mil) por comparação com o período homólogo de 2020", sinalizam os dados provisórios da estatística do INE que fixa a taxa de desemprego em julho nos 6,6%, valor que fica 0,2 p.p. abaixo do verificado em junho e 1,5 p.p. face a julho de 2020.

Num movimento inverso, a população empregada aumentou em julho 0,8% (39,5 mil), para 4,84 milhões de pessoas. Uma evolução positiva que representa um crescimento homólogo de 5,2% (238,2 mil). Assim, "a taxa de emprego situou-se em 63,1%, tendo aumentado 0,5 p.p. em relação ao mês anterior, 1,7 p.p. relativamente a abril de 2021 e 3 p.p. por comparação com um ano antes", clarifica o INE.

Já no que toca à população ativa, a estimativa do INE aponta para que em julho este grupo tenha registado um aumento de 0,5% (27,9 mil) face a junho, agregando um universo de 5,18 milhões de pessoas, mais 3,5% (174,5 mil) quando comparado com o mês homólogo.

A merecer destaque está também o indicador relativo à subutilização do trabalho, que agrega além dos desempregados também os trabalhadores a tempo parcial que gostariam de trabalhar mais horas, os inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram ativamente emprego e os inativos que procuram emprego, mas não estavam disponíveis no imediato para aceitar uma vaga. Também aqui se verificou uma descida, à semelhança do que vem acontecendo nos últimos meses.

Segundo o INE, "em julho de 2021, a subutilização do trabalho situou-se em 668 mil pessoas, o que corresponde a um decréscimo de 2,4% (16,3 mil) em relação a junho de 2021, de 1,9% (12,6 mil) relativamente a abril de 2021 e de 19,4% (161,3 mil) por comparação com julho de 2020". Assim, a taxa de subutilização do trabalho estimada para julho é de 12,5%, representando uma diminuição de 0,3 p.p em cadeia e de 3,2 p.p. homóloga.

Na síntese estatística divulgada esta terça-feira, o organismo nacional de estatística reviu ainda em baixa a estimativa da taxa de desemprego avançada para junho. A correção agora publicada coloca a taxa nacional de desemprego, inicialmente estimada em 6,9% nos 6,8%, correspondendo a uma redução em cadeia de 0,2 pontos percentuais e homóloga de 0,7 pontos percentuais. Já a taxa de subutilização do trabalho foi revista em alta. Junho fechou com 12,8%, mais 0,1 p.p. do que a estimativa inicial do INE avançava.