in Público on-line
O número de despedimentos colectivos iniciados em Julho chegou aos 28, um crescimento face ao mês anterior.
O número de empresas que iniciaram processos de despedimento colectivo em Julho totalizou 28, uma redução de 25 face ao mesmo mês de 2020 e um aumento de quatro face a Junho, segundo dados oficiais divulgados hoje.
De acordo com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o número de processos em Julho foi ainda menor do que o registado no mesmo mês de 2019, antes da pandemia de covid-19, quando se registaram 38 empresas com processos de despedimento colectivo.
Por outro lado, tendo em conta a evolução mensal, Julho foi o primeiro mês do ano que registou um aumento, após cinco meses consecutivos de queda.
Dos 28 despedimentos colectivos em Julho, 39% ocorreram em microempresas, 22% em médias empresas, 21% em grandes empresas e 18% em pequenas empresas.
A grande maioria (61%) verificou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, seguida pelo Norte (25%), Centro (11%) e Algarve (3%).
Por sector de actividade, os dados indicam que 25% dos despedimentos colectivos comunicados ocorreram nas indústrias transformadoras, 11% nas actividades administrativas e dos serviços de apoio, 7% nas actividades de informação e de comunicação, 7% nas actividades de saúde humana e apoio social, 7% no alojamento, restauração e similares, 4% nos transportes e armazenagem e também na educação e 3% nas actividades financeiras e de seguros.
As 20 empresas que concluíram os processos de despedimento colectivo em Julho pretendiam despedir 153 trabalhadores, mas foram efectivamente despedidos 140 (dos quais 55% mulheres) e 13 foram afectados por outras medidas não especificadas.
O principal fundamento para o despedimento foi a redução de pessoal, que afectou 56% dos trabalhadores, seguindo-se o encerramento definitivo da actividade (26%) e o fecho de uma ou de várias secções (18%).
Já tendo em conta o acumulado, os dados da DGERT mostram que entre Janeiro e Julho foram comunicados 230 processos de despedimentos colectivos, enquanto no mesmo período do ano anterior o número atingiu os 420.
Por sua vez, antes da pandemia, entre Janeiro e Julho de 2019, o número de processos de despedimentos colectivos foi de 185.
Ainda segundo os dados, de Janeiro a Julho as empresas pretendiam despedir 2.525 trabalhadores e foram efectivamente despedidos 2.278, tendo 208 sido afectados por outras medidas e 39 processos revogados.
Os números são inferiores aos 4.339 trabalhadores despedidos entre Janeiro e Julho de 2020, mas estes dados incluem trabalhadores despedidos no âmbito de procedimentos iniciados em 2019 que só foram objecto de decisão em 2020, explica a DGERT.
Antes da pandemia, de Janeiro a Julho de 2019, o número de despedidos foi inferior, tendo sido atingidos 2.163 trabalhadores.