Sara Antunes, in Jornal de Negócios
As contribuições para a Segurança Social diminuíram, em Janeiro, numa altura em que a taxa de desemprego não pára de aumentar, fixando-se, no final do ano passado nos 14%.
As contribuições e quotizações para a Segurança Social caíram 1,6%, em Janeiro, quando comparado com igual período do ano passado, ou seja, menos 20,6 milhões de euros, de acordo com a execução orçamental divulgada pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
Esta evolução das contribuições surge num contexto de aumento da taxa de desemprego, o que faz com que os contribuintes deixem de descontar para a Segurança Social.
Ao mesmo tempo que as receitas com as contribuições diminuíram, a Segurança Social registou um aumento de 56,6 milhões de euros em despesas com prestações sociais.
O saldo da Segurança Social caiu 26,2% para 228,9 milhões de euros, em Janeiro quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelam que a taxa de desemprego se fixou nos 14% no final do ano passado. Uma taxa nunca vista em Portugal. E os vários responsáveis admitem que o desemprego deve aumentar ainda este ano.