29.2.12

Envelhecer – “Em velho ser”

O Ribatejo

A população idosa em Portugal, está a aumentar gradativamente, gera preocupação, uma vez que é da obrigação de todos contribuir para que ela não seja esquecida. Proporcionar um envelhecimento saudável, digno e activo é imperativo.

Esta é a transformação social mais importante que ocorreu nos últimos anos e que tem tendência a aumentar claramente. Conforme os dados do site da CMS, no separador da caracterização socioeconómica verifica-se que existe uma tendência significativa para que a população idosa aumente substancialmente.

O concelho de Santarém, parte integrante da NUTII Lezíria do Tejo, registava à data do último Recenseamento no ano de 2007, uma organização demográfica em termos etários para pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos de 21,00%. A maior fatia é representada por indivíduos com idades entre os 25 e os 64 anos com uma percentagem de 54,45%.

Com o avançar da idade muitos problemas surgem ligados à dificuldade de locomoção, à delapidação e deterioração da cognição e da memória, que vão ao encontro das demências associadas a esta “geração maior”. Muitos idosos entram em depressão e em situação de isolamento e exclusão social, determinando a morte solitária e fria a que muitos enfrentam.

Foi neste contexto que surgiu a Gerontologia que deve estar preparada de conhecimentos para investigar as experiências de velhice e envelhecimento em diversos contextos socioculturais e históricos. O gerontólogo deve saber identificar problemas inerentes a uma população ou individuo, efectuar planos de intervenção que sejam adaptados a cada um, para proporcionar uma intervenção de qualidade e excelência. Deverá garantir momentos de dimensão cultural e social permitindo uma interacção fora do seu meio “familiar”.

Para uma melhor qualidade de vida devemos incentivá-lo a actividades que estimulem a sua motricidade, participando em actividades físicas. Cognitivamente proporcionando momentos de leitura, jogos de memorização, pintura, musica, bem como técnicas de relaxamento e meditação trabalhando com a sua espiritualidade. Todas estas actividades aumentarão a auto-estima, propiciarão uma sociabilização com a população exterior, amplificarão a sua auto imagem e autoconfiança.

O idoso é um ser experiente, cheio conhecimentos e sabedoria a serem aproveitados. É urgente alterar o nosso pensamento e comportamento face aos idosos, dignifica-los perante os mais novos, tratá-los com carinho e respeito é nota fulcral na sociedade em que nos inserimos.
Ser idoso não é sinónimo de ser dependente.

Joana Cachudo
Estudante Universitária em Gerontologia Social da Escola Superior de Educação João de Deus