Cristina Oliveira da Silva, in Económico
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou ontem um pacote de medidas para estimular o emprego.
O Governo quer que os novos desempregados sejam chamados a fazer acções de formação no prazo de duas semanas após a inscrição no centro de emprego.
As agências de emprego do sector privado poderão vir a receber financiamento do Estado quando conseguirem um posto de trabalho para desempregados que já esgotaram o subsídio. Mas a ideia ainda depende de experiências-piloto. Esta é apenas uma das mais de 30 medidas do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado ontem em Conselho de Ministros e apresentado pelo ministro da Economia.
"Uma medida, que poderá vir a ser concretizada, passaria pela atribuição de responsabilidades ao nível da colocação de desempregados não subsidiados por parte de entidades do sector privado de emprego", explicou ontem o secretário de Estado de Emprego aos jornalistas. Pedro Martins referiu que, "de acordo com os resultados da colocação desse desempregado (...) haverá uma remuneração por parte do Estado e do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que variaria de acordo com a percentagem de trabalhadores colocados, de acordo com a duração dessas mesmas colocações".
Questionado sobre se isto implicaria um subsídio a empresas que ‘concorrem' com o sector público de emprego, Pedro Martins preferiu sublinhar que o que "interessa é pôr no terreno" medidas que combatam o desemprego.