28.2.12

Crianças mais pobres ficam à margem nas grandes cidades

Por Jorge Santos Carvalho, in A Bola.pt

O relatório da Unicef para 2012 é dedicado à situação das crianças no mundo urbano e alerta para o facto de as cidades estarem a transformar-se em sítios muito desiguais, onde as crianças com menos recursos ficam à margem.

E no que diz respeito ao nosso País, de acordo com a diretora executiva da Unicef Portugal, Madalena Marçal Grilo, «a pobreza urbana que afeta as crianças portuguesas é hoje menos visível, o que não significa, todavia, que não haja ainda muito por fazer».

O relatório — Situação Mundial da Infância 2012: Crianças no Mundo Urbano — foi apresentado esta terca-feira, na Câmara Municipal de Lisboa, cerimónia que contou com as presenças do vereador dos pelouros da Proteção Civil, Educação e Desporto, Manuel Brito, e Ana Paula Marques, chefe de divisão da Ação Social e Saúde Pública da Câmara Municipal de Aveiro.

Oradora por excelência, Madalena Marçal Grilo não tem dúvidas:
— Não podemos dizer que a pobreza urbana em Portugal tenha desaparecido, porque não desapareceu. Na verdade, o facto de as situações estarem mais encaixotadas, em edifícios altos e que não se veem, não quer dizer que tenham desaparecido. São é diferentes.

Madalena Marçal Grilo revelou ainda que a Unicef Portugal vai relançar o programa Cidades Amigas das Crianças, protocolo ao qual aderiram, em 2007, 13 autarquias: Amadora, Aveiro, Cascais, Guarda, Matosinhos, Palmela, Ponte de Lima, Portimão, Póvoa de Varzim, Trancoso, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Viseu.