A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição estima que
no segundo trimestre do ano a quebra do consumo em Portugal se tenha sido ainda
maior do que os três primeiros meses de 2012.
Segundo o barómetro de vendas da Associação Portuguesa de Empresas de
Distribuição do primeiro trimestre, o volume de vendas total dos segmentos
alimentar e não alimentar caiu 3,7%, para 4.554 milhões de euros, face aos
primeiros três meses de 2011, período anterior à aplicação das medidas de
austeridade.
A área alimentar recuou de 0,2% (para 2.640 milhões de euros) e o não alimentar decresceu 8,6% (1.914 milhões de euros).
Dados que levam a diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Ana Isabel Trigo Morais, a considerar "o agravamento é inevitável". "Estes dados estão além das nossas previsões (...) e são muito preocupantes", sublinhou.
Isto porque Portugal tem "uma altíssima taxa de desemprego", acompanhada de "uma quebra de rendimento das famílias", nomeadamente com a retirada dos subsídios aos funcionários do Estado, e com uma carga fiscal "muito pesada", o que "inevitavelmente vai ter impacto no consumo".
Para a diretora-geral, os dados do primeiro trimestre "já refletem as medidas de austeridade, que chegaram em força às famílias portuguesas".
Segundo a responsável, "a cadeia toda [do setor] está debaixo de pressão" e acomodar os preços tem um limite para a distribuição, razão pela qual há preços que têm vindo a aumentar.
"A margem para acomodar esta pressão está a chegar ao seu limite", disse, admitindo que esse impacto irá também refletir-se nas empresas do setor.
Este sempre foi um "setor dinâmico, com forte criação de emprego, mas estamos a chegar a um ponto em que os operadores económicos têm de tomar outras medidas", o que vai ter "necessárias consequências sobre o número de lojas a operar e empregos".
Por isso, "é importante que o Governo olhe para o que está a acontecer a este setor", alertou, acrescentando que a APED está disponível para o diálogo.
Esta situação "preocupa-nos muito", disse.
A área alimentar recuou de 0,2% (para 2.640 milhões de euros) e o não alimentar decresceu 8,6% (1.914 milhões de euros).
Dados que levam a diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Ana Isabel Trigo Morais, a considerar "o agravamento é inevitável". "Estes dados estão além das nossas previsões (...) e são muito preocupantes", sublinhou.
Isto porque Portugal tem "uma altíssima taxa de desemprego", acompanhada de "uma quebra de rendimento das famílias", nomeadamente com a retirada dos subsídios aos funcionários do Estado, e com uma carga fiscal "muito pesada", o que "inevitavelmente vai ter impacto no consumo".
Para a diretora-geral, os dados do primeiro trimestre "já refletem as medidas de austeridade, que chegaram em força às famílias portuguesas".
Segundo a responsável, "a cadeia toda [do setor] está debaixo de pressão" e acomodar os preços tem um limite para a distribuição, razão pela qual há preços que têm vindo a aumentar.
"A margem para acomodar esta pressão está a chegar ao seu limite", disse, admitindo que esse impacto irá também refletir-se nas empresas do setor.
Este sempre foi um "setor dinâmico, com forte criação de emprego, mas estamos a chegar a um ponto em que os operadores económicos têm de tomar outras medidas", o que vai ter "necessárias consequências sobre o número de lojas a operar e empregos".
Por isso, "é importante que o Governo olhe para o que está a acontecer a este setor", alertou, acrescentando que a APED está disponível para o diálogo.
Esta situação "preocupa-nos muito", disse.