Por André Arede Sebastião, in Público on-line
Os gastos do sector público com a saúde caíram 7,1% em 2011, a queda mais significativa dos últimos 11 anos.
Segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o somatório das despesas de saúde públicas e privadas totalizava, em 2010, 17,5 mil milhões de euros. Esse valor caiu para 16,7 mil milhões de euros em 2011, traduzindo-se num decréscimo significativo de 4,6%. A redução da despesa pública nesta área, no valor de 7,1%, significou um importante contributo para o total da quebra.
Ao nível dos agentes financiadores privados, grupo no qual se incluem as famílias, em 2010 e 2011 a “despesa corrente registou aumentos pouco significativos (2,5% e 0,6%, respectivamente) ”.
No total da despesa com saúde feita em Portugal, o peso do Estado passou de 67,3% em 2010 para 65,5% em 2011, uma redução de 1,8 pontos percentuais. Durante os últimos cinco anos – entre 2006 e 2011 - a tendência foi a de um crescimento da despesa privada superior à do Estado. O INE refere que “em média, a primeira (despesa privada) registou uma taxa de crescimento anual de 3,6%, enquanto a segunda cresceu 1,4%.”
Nesse período, Portugal foi o quinto Estado-Membro a registar o maior peso médio da despesa corrente em saúde no PIB (9,7%), atrás de países como França, Alemanha, Bélgica e Dinamarca.