27.6.12

Banco Alimentar conseguiu 130 mil euros com recolha de papel

in Público on-line

Os Bancos Alimentares contra a Fome (BA) conseguiram angariar, nos primeiros cinco meses do ano, cerca de 130 mil euros provenientes da recolha de mais de mil toneladas de papel, no âmbito da campanha “Papel por Alimentos”.

A presidente da Federação dos Bancos Alimentares revelou que, entre Janeiro e Maio, foram recolhidos 1.291.368 quilos de papel entre os 17 Bancos Alimentares, de norte a sul do país.

“Isto significa que este montante vai agora ser convertido em 129 mil euros de produtos alimentares”, disse Isabel Jonet.

De acordo com a responsável, os produtos alimentares escolhidos são o leite, o atum e as salsichas, indo haver agora lugar a concursos de aquisição daqueles alimentos.

“É muito para lá daquilo que eu podia alguma vez prever”, admitiu a presidente da Federação de Bancos Alimentares.

Dados estatísticos dos Bancos Alimentares revelam que o volume recolhido de papel foi crescendo mês a mês, com 115.038 quilos conseguidos em Janeiro, 177.592 quilos em Fevereiro ou 272.650 quilos em Março.

Já em Abril, o valor total de quilos de papel cresceu 225% comparativamente ao mês anterior, atingindo os 886.193 quilos e, em maio, mais 45%, chegando aos 1.291.368 quilos.

Do total do BA, o que mais conseguiu recolher papel foi o de Lisboa, que, só no último mês, recebeu quase 107 mil quilos.

Na opinião de Isabel Jonet, uma das principais vantagens desta campanha foi o estreitamento de relações de solidariedade locais, já que muitas empresas iam directamente levar o papel às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da sua zona.

“O que se fez foi levar pessoas à instituição e, muitas vezes, as pessoas passaram a ter conhecimento até daquilo que se fazia na instituição e puderam levar também outro tipo de apoios, como roupa, por exemplo. O que se fez foi suscitar uma melhor interacção entre as necessidades mais locais”, sublinhou.

A campanha “Papel por Alimentos” arrancou a 23 de Dezembro com o objectivo de angariar papel que depois fosse reciclado e permitisse uma receita em dinheiro, já que a empresa de reciclagem Quima paga cem euros por cada tonelada de papel angariado.