Maior cimeira de sempre das Nações Unidas terminou com apelos e desilusões

por José Pedro Frazão, no Rio de Janeiro, in RR

Organizações Não-Governamentais falam em Rio menos 20 um retrocesso a 1992 pelas piores razões.

Apelos de Ban-ki-Moon ao cumprimento dos compromissos de desenvolvimento sustentável que saem desta conferência. O Secretário-geral da ONU encerrou a cimeira a dizer que o trabalho começa agora. As Organizações Não Governamentais, por outro lado, falam em Rio menos 20, um retrocesso a 1992 pelas piores razões.

Mais de 100 chefes de Estado e de Governo assinaram a declaração "O Futuro que Queremos", considerada fraca por muitos quadrantes. Ainda assim foram contabilizados cerca de 700 compromissos voluntários relacionados com o desenvolvimento sustentável, assinados entre Governos, ONGs e empresas ou universidades.

A ONU diz que só os 13 principais projectos significam investimentos de 513 mil milhões de dólares nas áreas de transportes, energia, alterações climáticas ou protecção ambiental.

O documento final lança processos para encontrar novas formas de calcular a riqueza de um país, para fortalecer o PNUA e para definir objectivos de desenvolvimento sustentável.

Mais de 40 mil pessoas participaram directamente na cimeira. E, segundo números da ONU, a conferência foi acompanhada pela Internet e nas redes sociais por mais de 50 milhões de pessoas.