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Em causa, está o fim do contrato de concessão com o Instituto da Segurança Social
Encerramento da MAC não implica despedimentos, diz ministroPodem vir aí mais despedimentos na SaúdeO centro de contacto nacional (call center) Via Segurança Social vai despedir todos os 400 funcionários que trabalham na sede do serviço de atendimento, em Castelo Branco, adiantou hoje à agência Lusa fonte sindical.
A empresa de recursos humanos RH+, à qual está concessionada a operação do centro, informou hoje que «sexta-feira é o último dia de trabalho», referiu Cristina Hipólito, dirigente do Sindicato dos Trabalhos da Função Pública.
Um grupo de 160 trabalhadores precários já tinha recebido a comunicação de despedimento no início do mês, passando hoje a ser informados os restantes 240, na maioria efetivos, acrescentou.
Cristina Hipólito opõe-se ao despedimento repentino e sem aviso prévio, aconselhando os trabalhadores a «continuarem a comparecer no posto de trabalho enquanto não receberem uma comunicação escrita».
De acordo com uma das trabalhadoras efetivas, a empresa de recursos humanos justificou-se hoje, nos contactos mantidos, com o fim do contrato de concessão com o Instituto da Segurança Social, que termina a 30 de junho, sábado.
Segundo a mesma fonte, o call center «reabre a 16 de julho, já entregue a outra firma, que só deverá recrutar 50 dos atuais 400 trabalhadores, dando preferência a quem não tenha direito a subsídio de desemprego, ao deixar agora o posto de trabalho», ou seja, com vínculo precário.
O Sindicato dos Trabalhos da Função Pública convocou um plenário de trabalhadores para sábado, dia 30, às 15:00, no salão da Junta de Freguesia de Castelo Branco.
Cristina Hipólito defende que o Instituto da Segurança Social devia integrar os funcionários do centro de contacto nos seus quadros, «dada a experiência adquirida desde 2008 e o investimento feito em formação».
Por outro lado, «seria uma solução mais barata que as concessões com que mantêm o centro em funcionamento».
Num comunicado datado de 06 de junho, o Instituto de Segurança Social remetia para a empresa gestora do centro qualquer decisão sobre despedimentos e garantia que o serviço iria manter-se em funcionamento, «mesmo durante a fase de concurso» da concessão.
Segundo o comunicado, a nova empresa adjudicatária terá que encaixar «uma redução de custos de cerca de dois milhões de euros, durante a vigência do próximo contrato».
Desde segunda-feira que a Lusa tentou obter esclarecimentos, via e-mail, do Instituto de Segurança Social, mas ainda não obteve qualquer resposta.