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POBREZA NA IMPRENSA

Um Observatório da EAPN Portugal

31.3.22

Desemprego estabiliza nos 5,8% em Fevereiro

Raquel Martins, in Público on-line

Dados provisórios mostram que a taxa de desemprego em Fevereiro foi igual à de Janeiro e de Dezembro, mas o emprego teve um ligeiro recuo.

A taxa de desemprego estabilizou nos 5,8% pelo terceiro mês consecutivo, mantendo, em Fevereiro, o valor que já tinha sido apurado para Dezembro e para Janeiro, enquanto a população empregada registou um ligeiro recuo.

Os dados provisórios divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a taxa de desemprego apurada nos últimos três meses corresponde ao “valor mais baixo dos últimos dez anos”.

Já na comparação com o mês homólogo, a taxa de desemprego apresentou uma redução de um ponto percentual (de 6,8% para 5,8%).

A subutilização do trabalho, um indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inactivos à procura de emprego mas não disponíveis, assim como inactivos disponíveis que não procuram emprego, continuou a trajectória descendente que vinha registando.

Em Fevereiro, nota o INE, este indicador apresentou o valor mais baixo (586,9 mil pessoas) desde o início de 2011, “o que se reflectiu na taxa de subutilização, que registou o seu valor mais baixo também nesse mês (11,0%)”.

O INE estima que a população activa tenha diminuído em relação ao mês anterior em 14,9 mil pessoas (0,3%) e que a população inactiva tenha aumentado em 14 mil pessoas (0,6%).

Esta diminuição da população activa resultou numa redução de 0,3% da população empregada entre Janeiro e Fevereiro, enquanto na comparação com Fevereiro de 2021 registou-se um acréscimo de 4,2% deste indicador.

Esta evolução do mercado de trabalho que o inquérito do INE mostra está em linha com a dinâmica de inscrição de desempregados nos centros de emprego. Os dados mais recentes mostram que o número de desempregados registados atingiu, em Fevereiro, o nível mais baixo desde o início da pandemia.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 2:41 da tarde
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Labels: Desemprego, Pandemia, Portugal

Felgueiras acolhe palestra no âmbito da Semana da Interculturalidade

in Expresso Felgueiras

O auditório da Câmara de Felgueiras vai acolher, no dia 04 de abril, uma palestra sobre a empregabilidade das comunidades ciganas no âmbito da Semana da Interculturalidade, informa hoje fonte autárquica.

A abordagem, promovida desde 2014, pela EAPN Portugal – Rede Europeia Anti-Pobreza, prevê estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade “é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social”, informa, em comunicado.

A Semana da Interculturalidade assinala-se entre os dias 04 e 10 de abril, com o apoio institucional do ACM – Alto Comissariado para as Migrações.
A iniciativa conta com a participação de 18 distritos e a Região Autónoma da Madeira.

Os interessados em participar na palestra, com início marcado para as 15:00, podem realizar a sua inscrição no portal da iniciativa.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 1:45 da tarde
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Labels: Câmara de Felgueiras, EAPN Portugal - Semana da Interculturalidade

Fundão assinala Semana da Interculturalidade de 3 a 8 de Abril

in Diário Digital

O Município do Fundão, o Núcleo Distrital de Castelo Branco da EAPN Portugal, o CACFF – Centro Assistencial, Cultural, Formativo do Fundão e a Pinus Verde vão promover, de 3 a 8 de abril de 2022, a 

Esta iniciativa pretende estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social, prezando valores como o respeito, a solidariedade, a igualdade, a não discriminação, a democracia na educação e os direitos humanos.

Numa sociedade cada vez mais globalizada, em que a diferença e a diversidade são uma realidade, é imperativo garantir a plena cidadania de todos os indivíduos, contribuindo para uma sociedade mais justa e equilibrada.

Ao longo destes dias irão ser dinamizadas diversas atividades, que irão decorrer de acordo com o seguinte programa:



3 de abril | “Celebrando a Diversidade do Fundão”

14h00 | Centro para as Migrações do Fundão (Seminário do Fundão)

Performance de duas horas de música do mundo e dança, numa organização da Rhytms for Renewal, Município do Fundão, Plano Municipal de Integração de Migrantes do Fundão e Projeto Fundão Medeia.



4 de abril | As Cartas do Multiculturalismo

10h55 | Externato Capitão Santiago de Carvalho (Alpedrinha)

Organização da Pinus Verde / FormaRedes CLDS4G, Município do Fundão, Projeto Fundão Medeia, Núcleo Distrital de Castelo Branco | EAPN Castelo Branco, Programa Escolhas Matriz E8G e Plano Municipal de Integração de Migrantes do Fundão.



5 de abril | Craft & Culture

15h00 | Fundão

Músicas, danças e multiculturalidade, numa organização da Pinus Verde / FormaRedes CLDS4G, Município do Fundão, Projeto Fundão Medeia, Núcleo Distrital de Castelo Branco | EAPN Castelo Branco, Programa Escolhas Matriz E8G e Plano Municipal de Integração de Migrantes do Fundão.



6 de abril | Chapéu das Emoções

12h00 | Agrupamento de Escolas do Fundão

Organização da Pinus Verde / FormaRedes CLDS4G, Município do Fundão, Projeto Fundão Medeia, Núcleo Distrital de Castelo Branco | EAPN Castelo Branco e Programa Escolhas Matriz E8G.



8 de abril | Ações de Sensibilização para o Dia Internacional para as Pessoas Ciganas

9h00 | Vale de Prazeres, Atalaia do Campo, Donas e Telhado

História “A menina das tranças”, hino e bandeira da comunidade cigana.

Organização da Pinus Verde / FormaRedes CLDS4G, Município do Fundão, Projeto Fundão Medeia, Núcleo Distrital de Castelo Branco | EAPN Castelo Branco e Programa Escolhas Matriz E8G.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 11:30 da manhã
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Labels: EAPN Portugal - Castelo Branco, Semana da Interculturalidade

Núcleo Distrital de Portalegre da EAPN celebra Semana da Interculturalidade

in Jornal do Alentejo

Estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social, prezando valores como o respeito, a solidariedade, a igualdade, a cidadania, a não discriminação pela aparência, etnia, género ou nacionalidade, a democracia na educação e os direitos humanos são os objectivos das entidades que integram o programa da Semana da Interculturalidade de Portalegre que decorre de 4 a 10 de Abril.

Promovida desde 2014 pelo Núcleo Distrital de Portalegre da Rede Europeia Anti Pobreza – EAPN Portugal, com os seus parceiros locais e o apoio institucional do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), esta iniciativa desenvolve-se no âmbito de um quadro de «uma sociedade cada vez mais tomada pela globalização”, onde “é imperativo que a diferença e a diversidade garantam a plena cidadania de todos os indivíduos, contribuindo para uma sociedade mais justa e equilibrada».

A sinergia entre os múltiplos parceiros envolvidos na organização deste evento, cerca 35 parceiros, culminou com a organização de um intenso programa com mais de 40 actividades, que se vai realizar nos concelhos de Portalegre, Elvas, Campo Maior, Ponte de Sor, Arronches, Monforte, Avis e Nisa, durante toda a semana.

A EAPN destaca o trabalho realizado pelo Politécnico de Portalegre, Junta de Freguesia da Sé e São Lourenço e dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS) dos concelhos mencionados, que se empenharam no sentido de dinamizarem, localmente esta actividade, mobilizando os parceiros locais e desenhando actividades com o objectivo de sensibilizar todos os cidadãos para a necessidade de uma sociedade intercultural que tenha presente os valores da solidariedade, da igualdade, do respeito pela diferença e pela diversidade, de forma a garantir uma cidadania mais inclusiva e mais igualitária.

Resta-nos apelar a vossa participação neste evento pois apostar na interculturalidade é acreditar que se pode aprender e enriquecer através do diálogo e da convivência com o outro.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 11:07 da manhã
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Labels: EAPN Portugal - Portalegre, Semana da Interculturalidade

CÂMARA DO FUNCHAL ASSOCIA-SE À SEMANA DA INTERCULTURALIDADE

in Jornal da Madeira

A Câmara Municipal do Funchal associa-se à Semana da Interculturalidade como forma de assinalar a importância desta temática e contribuir para a mobilização da comunidade, em torno do combate à pobreza e exclusão social.

Assim, na próxima semana, a CMF participa na exposição promovida pela EAPN (Rede Europeia Contra a Pobreza), alusiva à Interculturalidade, no Museu Municipal de História Natural do Funchal, onde serão expostos trabalhos dos três Ginásios Municipais (São Martinho, Santo António e Barreirinha), Centro Comunitário do Funchal e Universidade Sénior do Funchal.

A Semana da Interculturalidade, promovida desde 2014, a EAPN Portugal – Rede Europeia Anti Pobreza, pretende estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social, prezando valores como respeito, solidariedade, igualdade, cidadania, não discriminação pela aparência, etnia, género ou nacionalidade, democracia na educação e direitos humanos. Numa sociedade cada vez mais tomada pela globalização é imperativo que a diferença e a diversidade garantam a plena cidadania de todos os indivíduos, contribuindo para uma sociedade mais justa e equilibrada.

Este ano, a Semana da Interculturalidade acontece entre os dias 04 e 10 de abril, com o apoio institucional do ACM - Alto Comissariado para as Migrações.

A iniciativa conta com a participação de 18 distritos de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 11:04 da manhã
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Exposições, tertúlias e atividades sobre a interculturalidade

in Jornal do Centro

Rede Europeia Anti-Pobreza organiza a Semana da Interculturalidade. Viseu é um dos 18 distritos do país onde a iniciativa vai decorrer

A Rede Europeia Anti-Pobreza EAPN Portugal organiza, na próxima semana, a iniciativa Semana da Interculturalidade. Viseu é um dos 18 distritos do país onde a semana vai decorrer.

Em Viseu, a iniciativa será dinamizada através da realização de um conjunto de ações organizadas e promovidas por diversas entidades parceiras do núcleo distrital da EAPN Portugal, incluindo o Instituto Português do Desporto e Juventude, o Projeto Caminhos E8G da Cáritas Diocesana, o Projeto Viseu Integra, promovido pela Câmara, e o Projeto Viseu Inclui+, entre outras entidades e autarquias que se associaram à campanha nacional "O Discurso de Ódio não é Argumento".


Na próxima segunda-feira (4 de abril), será inaugurada a exposição “Um Olhar sobre a Diversidade”, que mostra desenhos dos alunos do pré-escolar e do ensino básico das escolas do concelho de Viseu sobre a diversidade cultural, bem como a mostra “A Interculturalidade na Escola”, na Escola Secundária de Viriato.

Outras iniciativas ao longo da semana, que termina no dia 10, incluem tertúlias, contos e atividades lúdicas para alunos do primeiro ciclo, entre as quais a criação de uma “nuvem das ideias” sobre o conto “A Menina da Trança”, que irá decorrer no Bairro de Paradinha.


No dia 7, a EAPN vai organizar a sessão online “Tradições e Diversidade”, sobre as tradições e a diversidade cultural no âmbito local da região de Viseu, em Zoom, a partir das 14h30.

O IPDJ de Viseu vai receber, no dia 8, a exibição do documentário “Drom Kalins (Caminhos de Ciganas)”, com o comentário final de uma das participantes do filme. A sessão começa às 14h30.

Além de Viseu, a campanha “O Discurso de Ódio não é Argumento” também vai ser promovida nos concelhos de Cinfães, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo e Vouzela, através de expositores disponibilizados pelos municípios que se associaram à campanha.

A Semana da Interculturalidade é promovida pela EAPN Portugal para “estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social”, usando valores como o respeito, a solidariedade, a igualdade, a cidadania, a não-discriminação pela aparência, etnia, género ou nacionalidade e a democracia na educação e direitos humanos.

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 11:02 da manhã
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Labels: EAPN Portugal - Núcleo de Viseu, Semana da Interculturalidade

Gualter Furtado diz que “combater a pobreza faz parte do plano de atividades do CESA para 2022"

in Jornal dos Açores às Nove

Na sessão de abertura da conferência, o líder do CESA, Gualter Furtado, evocou os números que dão conta que “21,9% dos residentes dos Açores encontravam-se em situação de pobreza em 2020, quando em 2019 eram 28,5%”.

O economista, que vincou que 25% das famílias a residir no arquipélago têm acesso à Tarifa Social da Energia, realçou ainda que os Açores “não estão condenados a serem umas das regiões mais pobres do país”.

“Sem desenvolvimento económico, que é muito mais do que apenas crescimento económico, e uma política de educação e formação profissional ativa e dirigida a estes grupos de conterrâneos nossos mais frágeis e pobres, este desígnio de combate à pobreza é bem mais difícil”, defendeu Gualter Furtado.

A Conferência “Combater a Pobreza: Retratos e Soluções” faz parte do Plano de Atividades do Conselho Económico e Social dos Açores para 2022, e justifica-se por se tratar de um dos mais preocupantes desafios à Autonomia Democrática dos Açores, que importa sustentadamente resolver.

O Presidente do CESA, disse hoje, que a Pobreza, infelizmente, nos Açores não é um mito, mas sim uma realidade, pois segundo dados de 2020 cerca de 21,9% dos residentes nos Açores encontravam-se em situação de pobreza, quando em 2019 eram 28,5%, o que significa uma evolução positiva, mas que ainda é muito preocupante, já que isto representa que 1 em cada 5 pessoas estavam em situação de pobreza, abrangendo cerca de 50000 residentes na Região Autónoma dos Açores, o que é um número deveras elevado

Em linha com este indicador, recentemente o Vice-Presidente do Governo dos Açores afirmou que em dezembro de 2021 os beneficiários do Rendimento Social de Inserção tinham diminuído, sendo nesta data de 12555 beneficiários. Recordo que segundo outra fonte em outubro de 2021 teríamos nos Açores 13143 beneficiários do Rendimento Social de Inserção e abrangendo 4921 famílias, sendo assim, embora se registe a diminuição já referida, não é menos verdade que este número de conterrâneos nossos nesta situação é bem demonstrativo de que temos nos Açores um problema estrutural de pobreza que necessita de ser ultrapassado.

A acrescer aos dois indicadores acima expostos, existem atualmente nos Açores cerca de 20000 agregados familiares com acesso à Tarifa Social de Energia, o que representa quase 25% das famílias a residir nos Açores, como é sabido são as famílias mais frágeis e pobres que tem acesso a este apoio social e que mais uma vez tem uma expressão muito elevada na nossa Região, provavelmente a mais alta do País.

Aliás, conscientes desta pobre realidade, as entidades Governamentais nos Açores e no resto do País, nos últimos anos tem colocado nos seus Planos de Desenvolvimento a inclusão de respostas sociais para mitigar a pobreza, e a implementar na Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, afetando inclusivamente uma verba de 35 milhões de euros no PRR Açores para dar um impulso a este combate.

Estamos, pois, perante um problema que precisa ser estudado, compreendido, e para o qual é preciso arranjar soluções, é neste enquadramento que o CESA pretende também dar o seu contributo, cumprindo a sua Missão de Órgão Independente da Autonomia Democrática dos Açores, e Órgão de consulta e de pronunciamento junto dos Órgãos de Governo Próprio dos Açores, sobre matérias, económicas, sociais, laborais, ambientais e também no que se refere à aplicação dos fundos comunitários nos Açores. Mas também lhe compete fazer uma aproximação e fomentar o diálogo entre a sociedade civil e os políticos que nos representam.

É por esta razão que a Pobreza nos Açores, o Despovoamento e Envelhecimento da População Açoriana, a Disponibilidade e Qualidade dos Recursos Humanos nas 9 Ilhas dos Açores e a Sustentabilidade das Finanças Públicas Regionais tem merecido do CESA e dos Parceiros Sociais uma prioridade no seu Plano de Atividade, e tendo por base Orçamentos modestos, já que com a exceção dos Estudos sobre a Demografia e Recursos Humanos encomendados à Fundação Gaspar Frutuoso\Universidade dos Açores todas as restantes colaborações, incluindo as do Presidente do CESA, Parceiros Sociais, Conferencistas, tem sido sempre efetuada numa base de grande generosidade, isto é gratuita.

Esta Conferência irá contar com o contributo de cientistas de reconhecida competência nas áreas das Ciências Sociais, e da Economia, com provas dadas e trabalhos de elevada qualidade publicados nesta área das desigualdades sociais e da pobreza em Portugal. Mas também teremos a participação da mais elevada entidade política dos Açores, Sua Excelência o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, do Senhor Secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, em representação de Sua Excelência o Presidente do Governo dos Açores, do Presidente da Comissão dos Assuntos Sociais, e de outros Deputados do nosso Parlamento, que muito agradecemos, tendo a consciência de que outros Deputados da nossa ALRAA também poderiam participar como oradores nesta Conferência e em relação aos quais é devido da nossa parte um pedido de compreensão e que certamente em outras iniciativas o CESA irá pedir o seu contributo.

Aos moderadores e aos outros Conferencistas o meu sincero agradecimento pela sua disponibilidade para darem o seu contributo para juntos construirmos um futuro sustentável e melhor para os Açores.

Os Açores não estão condenados a serem uma das Regiões mais Pobres do País, ou, a mais pobre do País, recuso determinantemente este fatalismo, já que com as nossas dificuldades estruturais, algumas delas de natureza insular e geográfica, temos condições para sermos um Arquipélago mais desenvolvido e uma referência pela positiva no contexto da Regiões Ultraperiféricas Insulares, mesmo na vertente Social.

Sem Desenvolvimento Económico, que é muito mais do que apenas crescimento económico e uma política de educação e formação profissional ativa e dirigida a estes grupos de conterrâneos nossos mais frágeis e pobres, este desígnio de combate à pobreza é bem mais difícil e tende a perpetuar-se.

Finalmente, solicito a todos os Conferencistas que enviem até ao próximo dia 20 de abril as suas comunicações e contributos, por forma a que o CESA no dia 25 de abril de 2022 as possa partilhar com os Órgãos de Governo dos Açores, com os Parceiros Sociais do Conselho Económico e Social dos Açores e com todos os interessados, marcando com este ato simbólico uma data que na sua génese tinha muitas preocupações como as que hoje serão aqui apresentadas e debatidas.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 10:14 da manhã
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Labels: Combate à pobreza, Conferência “Combater a Pobreza: Retratos e Soluções”, Pobreza

30.3.22

Comunidade cigana do concelho de Moura com 1128 pessoas

in a Planície

O Projecto de Mediadores Municipais e Interculturais de Moura, promovido pela Câmara Municipal de Moura em parceria com a Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura (ADC) e com Alto Comissariado para as Migrações (ACM), com o intuito de “promover a inclusão social e combater a pobreza e discriminação no nosso território”, conforme referiu à Planície a vereadora Lurdes Balola, já terminou e foi possível recolher alguns dados interessantes sobre a comunidade cigana do concelho de Moura, através de um inquérito.

Ao longo dos três anos de trabalho junto da população cigana, é referida na investigação que vivem 1128 ciganos no concelho de Moura, com 598 homens e 530 mulheres, existindo uma “elevada taxa de natalidade entre a comunidade cigana, com forte peso de crianças e jovens” e “reduzida presença de idosos devido a uma baixa esperança média de vida (inferior em cerca de 15 anos à da restante população”.

Os dados recolhidos no inquérito, mostram ainda que existem 281 famílias, em que 15,5% é constituída por casal, 10,5% por casal e dois filhos, 10,5% por casal e um filho e 9,7% por casal e três filhos.

No que diz respeito ao nível de escolaridade, entre os adultos com mais de 18 anos, 53% não possuem qualquer nível de escolaridade e destes, 32% são iletrados, 2% sabem ler e escrever sem nunca terem ido à escola e 19% não concluíram o 1º ciclo (4º ano). Os números revelam que neste campo, só 3% concluíram a escolaridade obrigatória (12º ano).

Fonte: Inquérito aos Agregados Familiares da Comunidade Cigana do Concelho de Moura – Projecto de Mediadores Municipais e Interculturais de Moura.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:54 da tarde
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Labels: Comunidades ciganas, Moura, Projecto de Mediadores Municipais e Interculturais de Moura

Famílias mais pobres recebem 60 euros em abril para comprar alimentos

Catarina Almeida Pereira, in Negócios on-line

Apoio destina-se a quem for beneficiário de apoios sociais, como o RSI ou as prestações de desemprego, e ainda a quem tenha rendimentos baixos. O valor será pago de uma só vez em abril.

As famílias com rendimentos mais baixos que estejam abrangidas pela tarifa social de eletricidade vão receber 60 euros em abril, no âmbito de um novo apoio criado com o objetivo de financiar a compra de alimentos.

Em causa está o novo apoio aprovado esta quinta-feira, no último Conselho de Ministros do atual governo, "para atenuar os efeitos do aumento dos preços dos bens alimentares de primeira necessidade".

"O apoio será destinado às famílias abrangidas pela tarifa social de eletricidade", e será "de 60 euros, pago de uma só ver em abril", disse ao Negócios fonte oficial do Ministério da Segurança Social (MTSSS), confirmando assim a informação avançada ao Eco e à RTP.

"A Segurança Social fará o pagamento do apoio extraordinário a estas famílias de forma automática e oficiosa", acrescenta a mesma fonte.

Embora inicialmente se tenha apontado para 1,4 milhões de abrangidos, de acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia, a tarifa social de eletricidade abrange 760 mil beneficiários.

Questionado, o Ministério da Segurança Social não revelou estimativas.

Quem tem direito à tarifa social de energia?

A tarifa social de energia é atribuída a quem seja beneficiário de uma série de apoios sociais e ainda a famílias com baixos rendimentos.

Segundo se explica no site da Direção-Geral de Energia e Geologia, a pessoa, que tem de ter um contrato de fornecimento de energia elétrica em seu nome, pode receber o novo apoio se for beneficiário do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, de qualquer das prestações de desemprego, do abono de família, de pensão social de invalidez (ou complemento de prestação para a inclusão) ou de velhice.

"Mesmo que não receba qualquer prestação social pode beneficiar desta tarifa social se o rendimento total anual do seu agregado familiar for igual ou inferior a 5808 euros, acrescido de 50% por cada elemento do agregado familiar, incluindo o próprio (até ao máximo de 10), que não tenha qualquer rendimento", explica a DGEG.

O Ministério da Segurança Social (MTSSS) não divulgou, para já, mais detalhes.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:52 da tarde
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Labels: Ajuda alimentar, Compra de alimentos, Famílias pobres, Pobreza

Abono corresponde a 9% do “rendimento adequado” para uma criança ter “padrão de vida digno”

in Expresso

Uma criança com 12 ou mais anos, num agregado com o pai e a mãe juntos, precisa de cerca de 400 euros mensais, mas só recebe 37,46 euros de abono de família

O abono de família cobre apenas 9% do “rendimento adequado”, isto é, aquele que garante a uma criança “um padrão de vida digno”. Os cálculos foram feitos pelos investigadores Elvira Pereira e José António Pereirinha no livro Regime de Mínimos Sociais em Portugal: Evolução do discurso político e das políticas. De acordo com o jornal “Público”, as contas contemplam, entre outros, alimentação, vestuário, higiene, saúde, lazer e educação.

Segundo a análise, uma criança com 12 ou mais anos, num agregado com o pai e a mãe juntos, precisaria de cerca de 400 euros mensais – esta estimativa já parte do pressuposto de que os manuais escolares são gratuitos. No entanto, caso este agregado esteja inserido no escalão mais baixo de rendimentos, tem direito a apenas 37,46 euros por mês de abono de família.

“Podemos ter uma ideia melhor do muito baixo apoio traduzido no abono de família em face dos encargos associados a uma criança da seguinte forma: no 1.º escalão, para uma criança de 12 anos, o valor da prestação representa menos de um terço da despesa necessária para garantir uma alimentação adequada”, explica Elvira Pereira, investigadora do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa.

O livro vai ser apresentado esta quarta-feira, em Lisboa. O Regime de Mínimos Sociais em Portugal: Evolução do discurso político e das políticas conta com a participação de professores e de investigadores das universidades de Lisboa, Porto, Coimbra e Católica. O livro analisa várias prestações, como o abono de família, a pensão social, o subsídio social de desemprego ou o Rendimento Social de Inserção.

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:50 da tarde
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Labels: Abono de família, Adequação, Pobreza

Mais de 60% dos nascidos nos anos 90 não têm um vínculo laboral permanente

CÁTIA MATEUS E MARIA JOÃO BOURBON INFOGRAFIA CARLOS ESTEVES ILUSTRAÇÃO CRISTIANO SALGADO, in Expresso

É A GERAÇÃO MAIS QUALIFICADA DE SEMPRE, MAS ISSO NÃO SE REFLETE NA ESTABILIDADE LABORAL, SALÁRIOS OU PROTEÇÃO SOCIAL. SÃO JOVENS E A SUA SITUAÇÃO LABORAL DIFERE, EM LARGA MEDIDA, DAS GERAÇÕES ANTERIORES: MAIS DE 60% DOS NASCIDOS NOS ANOS 90 NÃO TÊM UM VÍNCULO PERMANENTE, SITUAÇÃO QUE É DE APENAS 40% NA DÉCADA ANTERIOR


“Eu não consigo planear o futuro, porque vivo o dia a dia.” Esta é a resposta que hoje muitos jovens dão quando questionados relativamente a planos para o futuro. Precários, a saltar de contrato para contrato (com estágios, bolsas ou situações de desemprego pelo meio), muitos vivem numa sensação permanente de incerteza e com a perceção de que não saem do mesmo: a sua situação do ponto de vista de estabilidade e de salário não se alterou significativamente face há cinco ou dez anos.

“É importante que os jovens tenham direito ao futuro e ao tempo, o que não se verifica neste momento. Vivem muito o dia a dia e, em parte, também em sofrimento, porque não é o tipo de vida que desejam”, contextualiza o sociólogo Renato Miguel do Carmo, diretor do Observatório das Desigualdades e autor do livro “Retratos da Precariedade”, que a partir de testemunhos faz o retrato acima sobre os jovens. “Esta dificuldade em definir e projetar o futuro, precisamente porque se vive uma vida muito instável e incerta, decorre da precariedade laboral.” E a reprodução e persistência da precariedade assenta, em grande medida, numa sensação permanente de incerteza. “O presente é vivido com uma grande incerteza. O futuro é mais ou menos incerto e está-se constantemente a acionar um conjunto de estratégias para não se cair no desemprego ou numa situação de falta de rendimento.”

A elevada taxa de precariedade associada às populações mais jovens — que é um fenómeno com grande incidência no sul da Europa — é um dos fatores que contribui para agravar a desigualdade intergeracional no trabalho em Portugal. Como comparam as várias gerações presentes no mercado de trabalho em matéria de salários, qualificações, precariedade e proteção social?

OS CONTRATOS A PRAZO ENTRE OS JOVENS SÃO MAIS DO TRIPLO DAS GERAÇÕES ANTERIORES. TAXA DE CONVERSÃO DESSES CONTRATOS EM VÍNCULOS PERMANENTES NÃO SÓ É BAIXA (15%) COMO TEM VINDO A DIMINUIR

Pedro Martins, ex-secretário de Estado do Emprego, professor da Nova SBE e autor de um estudo sobre a equidade intergeracional realizado para a Fundação Calouste Gulbenkian — que durante esta semana esteve no centro do debate na conferência “O estado do futuro: um compromisso entre gerações”, organizada pela fundação —, conclui que a geração mais qualificada de sempre não está a ter o retorno da sua formação. Nem a nível salarial nem no que toca à estabilidade laboral. “Os contratos a prazo entre os jovens são mais do triplo das gerações anteriores” e só 15% desses contratos são convertidos em permanentes, permitindo um escape à precariedade, conclui o autor da investigação que analisou a evolução de diferentes gerações no mercado de trabalho em Portugal num período de 32 anos, entre 1986 e 2018.

Mais de dois terços dos nascidos na geração de 90 que trabalham em Portugal têm contratos a prazo, quase o triplo dos nascidos na década de 80. E a probabilidade de conversão desses contratos em permanentes também é baixa: 15%, percentagem que tem vindo a diminuir ao longo dos anos. “Há uma estabilidade pronunciada na utilização alargada dos contratos de trabalho a termo junto dos trabalhadores mais jovens”, vinca Pedro Martins, acrescentando que muitos nunca deixam de ser precários.

PRECÁRIOS AO LONGO DA VIDA

A situação é particularmente grave se considerarmos que, sinaliza o autor, “não há indicação de que este fenómeno se reduza de forma significativa, mesmo quando cada geração envelhece”. O que faz da precariedade entre os jovens “um desafio importante ao nível da equidade intergeracional”.

Na verdade, a baixa taxa de conversão de contratos a termo é um fenómeno pouco frequente, que se tem tornado “ainda menos frequente em anos mais recentes”. E é um problema que afeta transversalmente as várias gerações. Calculada a partir da probabilidade dos trabalhadores passarem de contrato a termo para um vínculo permanente no ano seguinte, a taxa de conversão recuou de 20% a 25% em 2003, para 10% a 15% em 2018.

Também no que toca aos salários parece haver uma “convergência forte” entre as várias gerações. O que não quer dizer que isto seja positivo. Porquê? Porque os salários estão a ser nivelados por baixo, pelo valor do salário mínimo nacional. Em particular nas duas últimas décadas, grande parte das gerações apresentam salários reais mensais de apenas €600. As novas gerações tendem a apresentar uma grande percentagem de trabalhadores (cerca de 30% ou mais) a auferir o salário mínimo nos seus primeiros anos de vida profissional. A grande diferença é que, enquanto na geração de 70 essa percentagem diminuiu para 10% passados cerca de 15 anos do início da carreira, entre os nascidos na década de 80, o peso dos trabalhadores com salário mínimo manteve-se em níveis elevados (20%) no mesmo período temporal. “Esta diferença poderá ser explicada pelos aumentos pronunciados do salário mínimo nos anos recentes, nomeadamente a partir de 2016”, explica o autor, acrescentando que a partir durante a segunda metade da década de 2010, “o peso do salário mínimo cresceu em quase todas as gerações de profissionais”.

Já no caso da proteção social, disparidade também é a palavra de ordem. Algumas prestações sociais — como o subsídio de desemprego — “tendem a ser utilizadas em grande medida por trabalhadores mais velhos, o que poderá afetar negativamente a equidade intergeracional”, realça Pedro Martins. Enquanto que os subsídios da Segurança Social — desemprego, doença, lay-off e parentalidade — recebidos pelos trabalhadores da geração de 1940 ao longo da década de 2000 corresponderam a 69% das suas contribuições, para as gerações nascidas nos anos 60 e seguintes são de apenas 22%.

Num contexto em que uma parte significativa das gerações mais escolarizadas de sempre têm dificuldade em encontrar correspondência para as suas qualificações no mercado de trabalho, a aposta na educação deveria ser revista e adaptada às necessidades do mercado de trabalho? “A escolarização continua a compensar”, nota Renato Miguel do Carmo. “Por exemplo, um jovem mais escolarizado está mais protegido face ao desemprego. E continua a existir uma relação entre níveis de escolaridade mais altos e maior nível salarial. Se tivéssemos jovens ainda menos qualificados estávamos numa situação ainda pior.”

Pedro Martins reconhece que é verdade que a educação continua a contribuir para remunerações mais elevadas e menores probabilidades de desemprego, mas sublinha que esse contributo é tendencialmente menor para as gerações mais novas. O prémio salarial associado à qualificação está a diminuir significativamente para os mais jovens. Nos mais de 30 anos analisados no estudo de Pedro Martins para a Gulbenkian, a escolaridade apresenta um crescimento muito pronunciado nas novas gerações, por oposição a níveis muito baixos nas antigas. Contudo, os dados apontam para uma tendência acentuada de redução deste prémio salarial, que é de 9,1% na geração de 50 e não chega a 5% na geração de 90.

Apesar das diferenças entre gerações, não é tanto o sector educativo que deve mudar e adaptar-se. “A questão está fundamentalmente na forma como o nosso mercado de trabalho se estrutura (ou desestrutura) e não valoriza devidamente as qualificações”, refere Renato Miguel do Carmo. “Há um modelo, que vem de trás, que assenta em baixos salários, em formas mais ou menos difusas de exploração, de contenção salarial e isso vai persistindo. E vai-se aprofundado. Tem de existir uma mudança estrutural. A aposta nestas gerações é, em grande medida, uma aposta na valorização do trabalho, dos contratos, dos salários”, acrescenta.

O PONTO DE PARTIDA

E como é que Portugal compara com outros países no que toca à equidade entre as diferentes gerações presentes no mercado de trabalho? A resposta não é fácil, já que escasseiam estudos sobre o tema. Sabemos que Portugal está entre os países da União Europeia com maior percentagem de trabalhadores com contratos a termo ou temporários e que os efeitos da pandemia — e agora da crise resultante do conflito na Ucrânia — “devem agravar ainda mais os problemas de equidade intergeracional” no país, admite Pedro Martins.

Na verdade, o ponto de partida e o momento de entrada no mercado de trabalho é decisivo e tem um impacto importante nos anos que se seguem. Os dados compilados mostram que trabalhadores que tenham entrado no mercado de trabalho numa altura de desemprego 5% mais elevado do que a média têm salários 5% mais baixos ao longo de toda a sua carreira. Ou seja, há uma penalização salarial associada à entrada no mercado de trabalho em contextos de crise económica, “com impactos mais negativos junto dos trabalhadores nascidos nos anos 90”, nota o ex-secretário de Estado. “É provável que o mesmo resultado se aplique aos jovens que estão agora a (tentar) começar a trabalhar.”

Porém, admite que é preciso ter em conta que o desemprego aumentou pouco durante a pandemia. “Com os valores elevados de emigração e com a duração longa do subsídio de desemprego, surgiram várias oportunidades de emprego para os mais jovens que poderão levar a efeitos ‘cicatriz’ das crises [sobre os que entram no mercado de trabalho] mais reduzidos.”

Ainda assim, o diretor do Observatório das Desigualdades, Renato Miguel do Carmo, reforça que os jovens foram os mais prejudicados pela crise pandémica, do ponto de vista laboral — e que uma parte deles enfrentaram duas crises económicas no espaço de poucos anos. “No primeiro confinamento, verificou-se um aumento do desemprego imediato, que afetou sobretudo as pessoas em situação precária: muitos foram despedidos, não viram os seus contratos renovados…” Além disso, nota, o desemprego jovem tem sempre uma proporção mais elevada face ao desemprego médio e esta diferença “acentuou-se”. “O que significa que há um grupo de jovens que está com grande dificuldade em regressar ao mercado de trabalho.”

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:41 da tarde
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Labels: Demprego, Emprego, Geração dos anos 90, Precariedade laboral

Apoios a famílias carenciadas têm risco de "não serem inteiramente justos"

Por Clara Maria Oliveira com Rute Fonseca, in TSF

À TSF, o Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Antipobreza, espera que se revejam as medidas "de forma a que elas tenham impacto" nas famílias carenciadas.

Esta quinta-feira, o Ministério do Trabalho anunciou que o apoio para famílias carenciadas, criado para atenuar o impacto do aumento do preço dos bens alimentares de primeira necessidade, terá o valor de 60 euros e será pago em abril.

Em declarações à TSF, o Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Antipobreza, saúda a medida, mas acredita que os apoios a famílias carenciadas, apesar de terem "sempre um aspeto positivo, têm o risco de não ser inteiramente justos" e tem dúvidas que atinjam "todos aqueles que passam dificuldades".

Jardim Moreira acredita que os apoios às famílias carenciadas podem, por vezes, ser injustos

"Depois da tomada de posse do Governo, certamente poderão repensar as medidas que agora foram tomadas em cima do joelho, de forma a menorizar os impactos negativos", acredita o sacerdote.

O presidente da Rede Europeia Antipobreza diz, também, que já se começam a sentir mais dificuldades por parte das famílias, principalmente na alimentação, que "no imediato as vão suportando mas, a longo prazo, tornam-se mais contundentes na vida das pessoas".

O padre Jardim Moreira espera que se revejam as medidas "de forma a que elas tenham impacto" na população

O Padre Jardim Moreira espera que se repensem e acompanhem as medidas e se revejam "de forma a que elas tenham impacto" na população.

À TSF, uma fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, confirmou que o "apoio será de 60 euros, pago de uma só vez em abril", confirmando a informação avançada pelo jornal Eco durante esta quinta-feira.

De acordo com os dados da Direção-geral de Energia e Geologia, em fevereiro, o número de beneficiários abrangidos pela tarifa social de energia elétrica era de 759.950.

No entanto, quando a medida foi apresentada pelo Governo, o universo potencial de beneficiários então avançado foi de 1,4 milhões.

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 10:21 da manhã
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Labels: EAPN Portugal - Pe Jardim, Pobreza, Programa de Apoio a pessoas carenciadas

Programa Guarda +65 “Envelhecer em realidade pandémica”

in Guarda Notícias

O Programa Guarda +65 “Envelhecer em realidade pandémica” da Câmara Municipal da Guarda, e da EAPN Portugal/Núcleo Distrital da Guarda e a Casa de Saúde Bento Menni vão apresentar as conclusões do estudo de 2021.

(Leia o artigo até ao fim – www.guardanoticias.pt – As notícias da Guarda mais perto de si).

No sentido de dar a conhecer publicamente as conclusões dos fóruns de discussão ativa “Envelhecer em realidade pandémica”, realizados em 2021, o Programa Guarda +65 da Câmara Municipal da Guarda, o Núcleo Distrital da Guarda da EAPN – European Anti Poverty Network (Rede Europeia Anti-Pobreza de Portugal) e a Casa de Saúde Bento Menni irão realizar o Fórum “Cidadania e Participação para o envelhecimento pós-pandemia” no próximo dia 25 de março, a partir das 14h30, na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda.

A apresentação do referido documento será realizada pela Prof. Doutora Constança Paúl (Professora Catedrática, Diretora do Departamento de Ciências Comportamentais e Diretora do Programa de Doutoramento em Gerontologia e Geriatria do ICBAS, na Universidade do Porto, investigadora e autora de diversos livros e publicações na área do envelhecimento).

O evento vai decorrer em regime presencial e a entrada é gratuita, mas sujeito a inscrição, com lugares limitados. Todas as informações e inscrições para guarda@eapn.pt.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 10:00 da manhã
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A discriminação “está tão enraizada” em Portugal que por vezes a vítima nem nota: os direitos humanos segundo a Amnistia Internacional

Marta Gonçalves, in Expresso

Relatório global sobre o estado dos direitos humanos no mundo foi lançado esta segunda-feira à noite. Em Portugal “faltam políticas públicas que mitiguem a discriminação”, sendo a pobreza a "maior de todas", alerta o diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal.

A história é simples e recente: uma pessoa de nacionalidade portuguesa e russa candidatava-se a um emprego num banco. A sua candidatura foi posta de parte apenas por ter origem russa, conta Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional (AI) de Portugal. Neste momento, há uma tendência para considerar que todos os que têm ligação à Rússia são "vilões". “Num primeiro momento a pessoa nem se apercebeu que estava a ser discriminada. A discriminação está tão enraizada que as vítimas nem notam”, lamenta.

É precisamente a discriminação que a Amnistia Internacional apresenta como uma das maiores preocupações em Portugal no que respeita a violações de direitos humanos. Esta segunda-feira, a organização não governamental publicou o seu relatório anual, este ano com o título “Líderes políticos e grandes empresas (corporate titans) colocam lucro e poder à frente das pessoas, desrespeitando promessas anteriores de uma recuperação justa da pandemia”.

“Portugal é um país onde há algumas condições de vida e tranquilidade. Portugal e Cabo Verde, por exemplo, não são considerados países prioritários nestas questões e isso é muito injusto porque quem sofre abusos de direitos humanos, seja onde for, sofre-os na sua totalidade”, diz. “Em Portugal tivemos muitas questões, algumas já perduram no tempo e outras que se agravaram com a pandemia. A nota mais negativa são os problemas de discriminação e a pobreza é a maior de todas as formas de discriminação.”

Depois, enumera, há discriminação de género, de migrantes e outras que são muitas vezes cumulativas. “Uma mulher cigana e pobre, por exemplo, tem três camadas de discriminação na sua vida”, descreve Pedro Neto, esclarecendo que este se trata de um fenómeno conhecido como multidiscriminação. “Faltam políticas públicas que mitiguem a discriminação.”

Para o diretor-executivo da AI em Portugal, há que sublinhar de “forma positiva” a inclusão das crianças como vítimas no enquadramento legal dos casos de violência doméstica, que aconteceu no ano passado. “Foi uma mudança impulsionada por uma iniciativa de ativismo da sociedade civil”, vinca. “Ao mesmo tempo, nas questões da desigualdade de género continua a faltar a regularização do conceito de violação e de consentimento. Ainda não estamos iguais ao que está estipulado pela Convenção de Istambul.”

Por outro lado, critica ainda, há a demora dos processos de pedido de proteção internacional para migrantes. “A pobreza entre refugiados e migrantes é muito grave em Portugal, até porque recebemos pessoas que vêm de países que estão em situações muito graves — Venezuela, Síria, Afeganistão, ou Angola. Temos casos de pessoas de Cabinda (Angola) que estão cá há cinco anos e ainda não conseguiram estatuto de refugiado.”

HABITAÇÃO, UM PROBLEMA CADA VEZ MAIOR

Tal como tem acontecido nos anos anteriores, a AI volta a alertar para as dificuldades no acesso à habitação condigna. “É um problema que está a crescer cada vez mais”, refere Pedro Neto. E, também pela questão da discriminação, se torna ainda mais dramático entre pessoas de etnia cigana ou ascendência africana. “O problema agravou-se muito com o crescimento do turismo inicialmente, depois com a pandemia e agora com a especulação imobiliária.”

No final do ano passado, o número de famílias em casas consideradas indignas foi revisto para 38.013 mil (em 2018 estava fixado em cerca de 26 mil). “Com a pandemia tivemos muitas pessoas que deixaram de conseguir pagar rendas e que vão ser despejadas."

Também a questão das prisões é sublinhada no relatório, que critica que a parte punitiva da pena seja ainda aquela à qual se dá mais importância. “A parte da reinserção social continua por acontecer. Há alguns projetos-piloto, mas não são a regra”, nota Pedro Neto.

Um desses exemplos é um estabelecimento prisional feminino em Odemira, onde é permitido a todas as mulheres que cumprem pena terem acesso a uma hora diária de telefonemas (até três números de telefone diferentes). “No caso das reclusas e reclusos que são mães e pais uma medida simples como esta é muito importante, porque o contacto com a família pode ser definidor para a reinserção. É uma medida que não implica grande orçamento, apenas vontade”, acrescenta, reforçando que este investimento na reinserção pode prevenir despesa futura, evitando que os reclusos reincidam.

PAÍSES EXEMPLARES? “ACHO QUE NÃO TEMOS”

Países como Iémen, onde há atualmente conflitos bélicos em curso, são aqueles onde a violação de direitos humanos é maior. “O caso do Iémen parece-nos distante. No entanto, há vários países europeus que vendem armamento à Arábia Saudita e que, por isso, continuam a ser cúmplices desta guerra.”

Ao mesmo tempo, nota ainda Pedro Neto, há conflitos de guerrilha na região da África Austral com “graves consequências” para as pessoas e onde grupos radicais como o Boko Haram e o ISIS permanecem ativos.

“Embora a Venuzuela não esteja em guerra, o país está em estado de sítio. Portugal está a acolher muitos refugiados da Venezuela e esta é uma situação que se arrasta há demasiado tempo”, diz ainda, recordando que países como Myanmar e o Afeganistão também não devem ser esquecidos no que toca a violação de direitos humanos.

Pedro Neto tem, no entanto, dificuldade em encontrar o outro lado da moeda. “Países exemplares nesta matéria? Não sei se temos. Talvez o Butão e mesmo assim não estou certo”, responde. “Este é um discurso que pode ser desanimador, mas há algo muito importante: nenhum destes problemas estão além da esperança e para muitos deles já existem soluções, é preciso aplicá-las.”
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 9:52 da manhã
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Labels: Amnistia Internacional Portugal, Discriminação

Felgueiras acolhe palestra no âmbito da Semana da Interculturalidade

in Expresso Felgueiras

O auditório da Câmara de Felgueiras vai acolher, no dia 04 de abril, uma palestra sobre a empregabilidade das comunidades ciganas no âmbito da Semana da Interculturalidade, informa hoje fonte autárquica.

A abordagem, promovida desde 2014, pela EAPN Portugal – Rede Europeia Anti-Pobreza, prevê estimular o diálogo e a relação entre culturas, mostrando que a interculturalidade “é, também, uma excelente forma de combater a exclusão social”, informa, em comunicado.

A Semana da Interculturalidade assinala-se entre os dias 04 e 10 de abril, com o apoio institucional do ACM – Alto Comissariado para as Migrações.
A iniciativa conta com a participação de 18 distritos e a Região Autónoma da Madeira.

Os interessados em participar na palestra, com início marcado para as 15:00, podem realizar a sua inscrição no portal da iniciativa.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 9:43 da manhã
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Labels: Câmara de Felgueiras, EAPN Portugal - Núcleo Distrital Porto, Semana da Interculturalidade

25.3.22

Guerra está a aumentar desnutrição e pode causar mais fome no mundo - ONU

in Sapo24

A invasão russa da Ucrânia está a fazer subir as taxas de desnutrição na Rússia e na Ucrânia e pode aumentar a fome em todo o mundo, alertou hoje o relator da ONU sobre o direito à alimentação.

"A fome aumentou no mundo nos últimos três anos, mas a invasão da Rússia agora está a levar a fome a mais lugares do planeta", destacou Michael Fakhri, em comunicado hoje divulgado.

O especialista da ONU pediu, por isso, o fim dos ataques "antes que as consequências se tornem mais profundas e de mais longo prazo para a segurança alimentar global".

Fakhri lembrou que a Ucrânia e a Rússia estão entre os cinco maiores exportadores de cereais do planeta e alertou que o conflito entre os dois já está a ter consequências na oferta de alimentos em países como o Egito, a Turquia, o Bangladesh ou o Irão, que importam mais de 60% do trigo que consomem desses dois países.

O risco estende-se a outros grandes importadores como o Líbano, a Tunísia, o Paquistão ou países em conflito como o Iémen, alertou o relator.

A Ucrânia alertou na quinta-feira a Organização Mundial do Comércio (OMC) de que pode ser forçada a restringir as suas exportações de alimentos se o conflito se prolongar.

O Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM) também alertou hoje, através do seu coordenador na Ucrânia, Jakob Kern, que "as consequências da guerra estão a espalhar-se e irão causar uma vaga colateral de fome no planeta".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, até à data, pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo várias dezenas de crianças, na sequência da ofensiva militar russa.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.


PMC // JH
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:56 da tarde
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Labels: Bens alimentares, Desnutrição, Fome, Guerra na Ucrânia

Cerca de 2 bilhões de pessoas trabalham em empregos informais

in ONU

O Dia Mundial da Justiça Social está sendo comemorado neste domingo, 20 de fevereiro, com o tema: “Conquistando Justiça Social por meio do Emprego Formal”. As Nações Unidas destacam que trabalhos formais são pré-requisito para reduzir a pobreza e a desigualdade.

A própria Agenda Comum, criada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, foca também na erradicação da pobreza, na promoção do trabalho decente, na proteção social, na igualdade de gênero e na justiça social para todos.

A Covid-19 aumentou as vulnerabilidades desses trabalhadores, uma vez que o emprego informal não oferece nenhuma forma de proteção ou de benefícios
Trabalho sem benefícios

Segundo a ONU, mais de 60% da força de trabalho global, ou 2 bilhões de pessoas, conseguem seu sustento na economia informal. A Covid-19 aumentou as vulnerabilidades desses trabalhadores, uma vez que o emprego informal não oferece nenhuma forma de proteção ou de benefícios. Por isso, essas pessoas têm o dobro de chances de serem pobres, na comparação com os quem têm emprego formal.

As Nações Unidas lembram que a maioria dessas pessoas acaba aceitando esse tipo de trabalho pela falta de oportunidades. O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, afirma que a pandemia “exacerbou desigualdades, dentro e entre os países, a chamada grande divergência.”

Segundo Guy Ryder, as divisões econômicas e sociais aumentaram, sendo que as pessoas que já estavam em desvantagem antes da Covid-19 foram ainda mais afetadas: jovens, mulheres, migrantes e pequenos comerciantes.

Um terço da população do leste europeu está no trabalho informal. Formalizar o setor de empregos informais precisa ser prioridade
Economia inclusiva

O chefe da OIT afirma que o Dia Mundial da Justiça Social 2022 acontece em um “ponto de inflexão”, quando formuladores de políticas “estão remodelando a recuperação da pandemia”. Gyder destaca que o que for feito definirá os rumos da mudança e com as medidas certas, será possível moldar a econonomia da maneira correta.

Formalizar o setor de empregos informais precisa ser prioridade, lembra o chefe da OIT, pois esses trabalhadores devem ter seus direitos e proteção respeitados. Guy Ryder lista algumas medidas que devem ser tomadas: garantir a proteção social universal; melhorar a proteção dos empregados; promover o emprego decente e o crescimento econômico inclusivo e criar a transição para uma economia global neutra em carbono.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:53 da tarde
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Labels: Economia cinzenta, Emprego informal, Mercado de trabalho, OIT, ONU, Precariedade, Trabalho, Trabalho precário

CNIS defende um imposto para financiar setor social

Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia), in RR

Em entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, o padre Lino Maia sugere, também, a “revisão do regime fiscal das instituições de solidariedade” e que parte das receitas dos jogos sociais deveriam ser canalizadas para este setor.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) defende “a consignação de um imposto para este setor”. Em entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, o padre Lino Maia sugere, também, a “revisão do regime fiscal das instituições de solidariedade” e que parte das receitas dos jogos sociais deveriam ser canalizadas para este setor.

O sacerdote quer que “a sociedade se volte para os que precisam de mais apoio”, pois receia pelo impacto da guerra na vida dos mais carenciados. O padre Lino Maia teme que a crise económica e social provocada pela pandemia, que está a ser agravada pela guerra na Ucrânia, possa provocar uma explosão de pobreza em Portugal.

Defende que “é preciso uma estratégia séria, consistente de combate à pobreza”, até porque “haver cerca de 20% de pessoas abaixo do limiar da pobreza”, com a possibilidade de o número aumentar face ao atual contexto, “é grave”.
O sacerdote sugere ao primeiro-ministro, António Costa, a criação do Ministério dos Assuntos Sociais, pois “a Educação, a Saúde e a Segurança Social têm de estar bem articuladas” e revela que não está na disposição de se recandidatar à presidência da CNIS, sendo que o reforço da sustentabilidade do setor “é a grande preocupação”.

A CNIS associou-se ao esforço de acolhimento de refugiados e foi recebendo das suas associadas a manifestação de disponibilidades. Tem ideia de quantas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) já se disponibilizaram para o acolhimento?

Muitas. E eu digo muitas porque são de muitos distritos ou dioceses. Eu cito Braga com bastantes e também Castelo Branco, Faro, Guarda, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo. Muitas instituições com muito tipo de respostas. Emprego, alojamento, coordenação porque estão sediadas em zonas que podem empregar pessoas. Portanto, uma grande disponibilidade. Já estão em curso até cursos de Português para refugiados. A adesão tem sido extraordinária.

"Eu tenho mais respostas para acolhimento do que pedidos de acolhimento"

No conselho geral da CNIS teve mesmo oportunidade de apelar e sensibilizar as instituições associadas a manifestarem as suas disponibilidades em termos de alojamento e de trabalho e as fazerem chegar à CNIS. A capacidade do setor social até onde pode ir?

É muito grande porque nós estamos a falar de um universo de associadas da CNIS de 3.048 instituições. Claro que nem todas podem acolher, mas particularmente aquelas que têm lares de infância e juventude, aquelas que têm centros de dia, ERPIS, empregam muitas pessoas e nós já estávamos até com dificuldade em recrutar trabalhadores e aqui temos uma janela de esperança.

Verificamos nas nossas reportagens que têm surgido muitos alertas para a dificuldade em contratar pessoal. Esta é também uma janela de oportunidade, para quem chega e para quem está?

Exatamente e nós temos visto e temos a experiência - porque temos bastantes ucranianos, sobretudo ucranianas a trabalhar nas IPSSs - de que são de grande adaptação, bom trabalho, não são problema, pelo contrário. Aliás, os trabalhadores nunca são problema nas instituições, e no caso concreto são uma mais-valia e, portanto, estas trabalhadoras ajudam à inserção dos refugiados e são também de algum modo uma garantia de que tudo vai correr bem.

Nós estamos a ver que a solidariedade em Portugal é transversal. O Alto Comissariado para as Migrações (ACM), articulado com o Instituto de Segurança Social, está a assegurar a distribuição de alojamento para os cidadãos ucranianos. O processo está a correr bem em Portugal?

Está a correr bem. Claro que nós fomos apanhados de repente e, às vezes, dá a sensação de que é um bocado o caos aquilo em que estamos. Mas os portugueses são bons nesse espeto.

Mas estamos a viver um pouco à custa do improviso?

É um bocado de improviso, mas eu diria que está a correr bastante bem, até porque nas comunidades, não apenas nas IPSSs, mas nas comunidades eu vejo uma grande movimentação para acolher. Eu tenho mais respostas para acolhimento do que pedidos de acolhimento.

Estão a surgir diversos alertas contra o tráfico de seres humanos. O facto de ter sido criada uma plataforma eletrónica para o registo de casos de menores ucranianos não acompanhados em Portugal ou em trânsito, vai garantir realmente a sua segurança e plena proteção?

Eu estou confiante que sim, até porque há uma ligação, sobretudo em Lviv e na Polónia, com estas famílias de ucranianos. Estão a surgir de facto iniciativas no sentido de serem pessoas creditadas a irem buscar diretamente as pessoas, sobretudo à Polónia. E claro que tem de haver uma atenção muito grande porque o risco existe, mas eu acredito que sabendo de onde vêm e para onde vão - e é isso que está acontecer - e vêm daquela zona e vão diretamente para instituições, passando algum tempo por um alojamento temporário, eu acredito que risco existe, mas que vai correr bem.

E o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pode ajudar a atenuar eventuais problemas?

Atenua, atenua.

No seu editorial de março, recorda o conjunto de questões colocadas pelo setor social aos partidos antes das eleições. O reforço da sustentabilidade do sector é a sua grande preocupação?

É a grande preocupação. Eu mantenho os números que tenho vindo a apresentar. As instituições recebem do Estado em média cerca de 38% de financiamento dos custos que têm. Dos utentes recebem cerca de 33%. Há aqui 71%, ou seja, falta bastante, cerca de 29%.

Com a celebração do novo pacto de cooperação, que foi a 23 de dezembro passado e com uma abertura que tenho encontrado por parte do Governo, eu acredito que vão ser dados passos positivos no sentido da sustentabilidade. No pacto de cooperação garantia-se os 50% de comparticipação pública.

Esse é já um objetivo muito antigo.

Muito antigo. Eu diria que é desde o primeiro pacto, desde dezembro de 1996. Na altura era primeiro-ministro o engenheiro António Guterres. Dizia-se que o ideal era 60% e prometia-se que não devia descer dos 50%, e nós acabamos por cair nos 36, 38%.

Agora, têm que ser dados passos muito significativos. Eu penso que durante a legislatura - foi aliás uma espécie de quase compromisso que o Governo assumiu connosco - sejam dados passos no sentido de chegar aos 50%. Isto vai atenuar um bocado a situação das instituições e acautelar um problema que é de facto muito importante: As instituições têm que privilegiar os mais carenciados. Ora, na situação em que estamos podem cair na tentação de começar a olhar aquelas pessoas que podem pagar para serem admitidas. E essa não é a missão das instituições, por isso o Estado tem de cumprir as suas funções.

No final do ano passado alertou para as dificuldades de tesouraria que o aumento do salário mínimo nacional acarretava para as instituições. Tem registo de quantas pediram compensação pelo aumento do ordenado mínimo?

O número não tenho, mas foram bastantes até porque o salário mínimo é muito normal nestas instituições. Nós temos 56% dos trabalhadores nas IPSSs, que quando há um aumento do salário mínimo são atingidos por esse aumento. No valor que estava e no valor a que se chega, isto tem um impacto muito grande. Por exemplo, este aumento de 665 euros para 705 euros representa cerca de 3% no impacto, porque nós temos muitos trabalhadores nas IPSSs.

"Sou da opinião que haja a consignação de um imposto para este setor. Temos cada vez mais necessidades e é preciso que a sociedade se volte para isto"

Convém esclarecer que não está em causa o facto de as pessoas merecerem melhores salários. O problema é, muitas vezes, esse aumento do ordenado não é acompanhado pelo aumento das comparticipações.

Exatamente. Agradeço esse sublinhado. Nós achamos que os trabalhadores deviam receber muito mais do que recebem. Aliás, eu costumo dizer que nós estamos a obrigar os trabalhadores a praticar a caridade, e sendo injustos com os trabalhadores. Porque as tabelas salariais das IPSSs são baixas, muito baixas. E depois está a haver um achatamento muito grande. O salário mínimo de 705 representa dois terços do salário máximo nas instituições, quando há 20 anos atrás era um terço. Está de facto a haver um achatamento.

Nós somos absolutamente a favor do aumento do salário, absolutamente a favor do aumento de todos os salários dos nossos trabalhadores, agora é evidente que não há receita, não é possível mais. Eu acredito que vão ser dados passos e quando eu insisto sempre nos tais 50% de comparticipação pública é exatamente para que possamos compensar os trabalhadores, ou melhor ser justos com os trabalhadores que estão nas instituições.

Há, portanto, necessidade de regressar a um salário médio também nas instituições. Não se está a valorizar demasiado o salário mínimo, desvalorizando a importância de um salário médio em Portugal?

Sim. Não apenas nas IPSSs, mas também no geral. De facto, nós temos o salário médio que é praticamente agora o salário mínimo. Isto desincentiva e não é justo. Claro que é muito importante que se aumente significativamente o salário mínimo. 705 euros para uma família não é suficiente.

O chamado compromisso de cooperação para o setor social e solidário terá nova atualização no final deste ano? O que vão reclamar as instituições?

Há passos que têm de ser dados, para além do aumento significativo da comparticipação pública – cada vez mais temos pessoas a precisar de mais apoios, com o aumento da esperança de vida, mas com a diminuição da natalidade temos cada vez menos pessoas a produzir riqueza. Estamos com problemas sérios. É muito importante que a sociedade se volte para a necessidade de aumentar os apoios, particularmente aos idosos, e a proteção social.

Eu penso que há coisas que têm de ser revistas, como o regime fiscal das instituições de solidariedade ou o destino das receitas dos jogos sociais, que devem ser canalizadas para este setor, em grande parte.

Há alguma parte já destinada ao setor?

Nalguns programas, eventualmente, mas não há um sistema de canalização de receitas, sistemático.

E a sua sugestão é que grande parte siga para as instituições?

Uma boa parte, sim. Aliás, sou da opinião que haja a consignação de um imposto para este setor. Temos cada vez mais necessidades e é preciso que a sociedade se volte para isto.

Essa seria uma forma de poder chegar às pessoas mais carenciadas e que não podem comparticipar os custos?

Sem dúvida. Repito: a sociedade, em geral, tem de pensar nos mais carenciados, nos que precisam de mais apoio. Temos de criar instrumentos para que sejam atendidos.

Portugal está a registar uma tendência crescente de novas infeções por Covid. A situação nos lares é hoje controlada, ou receia pelo aumento de casos?

Tem havido algum aumento de casos, mas sem grande gravidade. As pessoas estão todas vacinadas, praticamente todas receberam a terceira dose. Devo sublinhar que Portugal, neste aspeto, se pode orgulhar – ressalvando que, desde que haja um óbito, choramos uma morte e sofremos com um doente -, porque é dos países em que tem havido menos morbilidade nos lares. Está, neste momento, em 26,6% de óbitos, em lares; o país a seguir é o Reino Unido, com 33%, e depois a Alemanha, com 38%.

E isso deve-se a quê?

Há várias razões, mas para mim a grande razão é que, normalmente, nos lares, há uma grande proximidade. Os dirigentes e os trabalhadores estão nas instituições, houve casos fabulosos, horas e horas, dias e dias, meses, a fazer do lar a sua residência, para acompanhar bem e não para estarem em movimento, que era essa o grande problema.

A crise social e económica provocada pela pandemia está a ser agravada pelo cenário de guerra. Teme uma explosão de pobreza em Portugal?

Sem dúvida. Está a ter grande impacto, já, o aumento dos combustíveis, dos cereais e da alimentação. Já se nota na vida das instituições.

Dando um exemplo: o aumento dos combustíveis na Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, associada da CNIS, que por dia percorre 910 quilómetros para atender os utentes do apoio domiciliário. Isto é muito duro, muito duro…

A situação já era bastante delicada, com o aumento das despesas por causa da pandemia…

E agora aumenta significativamente. Isso obriga-nos a desmultiplicar-nos, é preciso tomar medidas. Vejo que o próprio Banco Alimentar já se queixa de ter menos capacidade de resposta e as Instituições vão sofrer, de facto, estão a sofrer neste momento.

Estamos perante uma espécie de tempestade perfeita?

Sim. Este século está a ser muito duro, desde 2001, mas particularmente desde 2008, com a crise financeira. Ainda não estávamos totalmente livres dessa crise, apareceu a pandemia e agora a guerra. Isto é complicado, muito, e tem repercussões muito claras na vida das pessoas e no aumento da pobreza.

Quando entramos neste milénio, as perspetivas eram de que, até 2010, se descesse a taxa de pobreza para um dígito, abaixo dos 10% - na altura estávamos em 20%. Houve uma diminuição na primeira década, deste milénio, mas de 2008 voltou a haver um aumento da pobreza, não muito grande, mas um aumento. Passamos de 18,6% para os 21%, agora.

Tem alguma esperança para o combate da pobreza, em curso?

É preciso uma estratégia séria, consistente de combate à pobreza. Nós temos três pobrezas, digamos assim: a hereditária, dos que herdaram a pobreza e a vão legar; a conjuntural; e depois a pobreza persistente, diria, daqueles cujos rendimentos não são suficientes para as necessidades. Temos de ter uma estratégia em que tudo isto esteja bem presente, com um aumento significativo dos rendimentos e uma aposta na Educação, na habitação.

Essa persistência de ciclos de pobreza e a pobreza de quem trabalha, mas não consegue deixar esse limiar, é um sinal do fracasso das políticas até agora?

Sim. Eu diria das políticas, mais do que dos políticos. Não tem havido mesmo uma estratégia de luta contra a pobreza, tem havido fogachos, experiências, iniciativas, muito interessantes algumas, mas temos de encontrar uma estratégica eficaz.

Haver cerca de 20% de pessoas abaixo do limiar da pobreza – e temo que isso aumente, agora – é grave.

A nível da coordenação do Governo, também é necessária uma ação mais integrada?

Para mim, há três ministérios que têm de estar mais articulados. Eu vou defendendo que precisaríamos de um Ministério dos Assuntos Sociais. A Educação, a Saúde e a Segurança Social têm de estar bem articulados, têm de ser “apanhados” para esta estratégia. Há outros, mas estes três têm de abater as paredes que foram erguidas entre si, para conseguirmos uma boa estratégia.

É uma sugestão a fazer ao novo Governo, a criação de um Ministério dos Assuntos Sociais?

Eu tenho insistido um pouco nisso – não me quero meter em áreas que não me dizem respeito, mas julgo necessário e vejo que há sensibilidade, da parte do primeiro-ministro, para que alguns passos sejam dados nesse sentido. Não me compete e não queria adiantar muito mais, mas vejo que há reconhecimento de que é preciso dar estes passos.

Entrou no último ano de mandato. Pode antecipar se está no seu horizonte recandidatar-se?

Não, não está no meu horizonte. Muito embora note que haja uma pressão para que reconsidere.

Eu gosto muito deste setor, que faz muito e muito bem, mas são precisas caras novas. Não está no meu horizonte eternizar-me – parece que já estou eternizado -, apesar das pressões que estão a acontecer para que reconsidere. Acho que é bom dar lugar a outros.

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:21 da tarde
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Labels: CNIS, Combate à pobreza, Pobreza

BE quer sobretaxa sobre empresas para apoiar famílias mais vulneráveis

in Expresso

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu este sábado a criação de uma sobretaxa para as empresas que têm lucrado com o aumento dos preços da energia devido à guerra na Ucrânia, e que sirva para apoiar as “famílias mais vulneráveis”

Numa sessão em Lisboa “pela paz e pelo fim à invasão da Ucrânia”, Catarina Martins alertou que, se para as pessoas a crise energética “é o frio ou dinheiro que não chega para as contas do mês, para as petrolíferas a crise energética tem sido uma festa”.

“Queremos uma sobretaxa que traduza estes sobrelucros das elétricas em apoio direto às famílias mais vulneráveis e à tarifa que pagam na sua eletricidade. E queremos estabelecer um preço máximo para a eletricidade que é produzida a gás”, defendeu a coordenadora do BE.

Para o Bloco, são “os acionistas das grandes companhias que devem ser chamados a conter os efeitos da crise energética e não quem passa frio ou não tem salário até ao fim do mês para pagar as deslocações para o trabalho”.

“Baixar os impostos sem impor regras sobre os preços é premiar a especulação. Baixar impostos e combater a especulação é o caminho para baixar o preço da energia, proteger a população e a economia”, defendeu.

A coordenadora do BE referiu, por exemplo, que a Galp lucrou 457 milhões com a subida do preço dos combustíveis e vai entregar 565 milhões de euros aos acionistas, “entre eles, a família Amorim, a Sonangol e fundos de investimento norte-americanos”.

“Vamos aceitar isto? É justo que a Galp lucre com a pobreza de quem não tem alternativa senão pagar os preços especulativos dos combustíveis? O Estado é acionista da Galp, como votou o representante do Governo esta decisão? O que pretende fazer para travar estes ganhos? Ou espera ganhar por duas vias: pela via fiscal e pela via dos dividendos da Galp?”, questionou.

O BE propõe ainda que o Governo adote três medidas “no imediato” neste setor.

“Reduzir a taxa de IVA sobre a eletricidade e o gás para o escalão mínimo, por se tratar de bens de primeira necessidade. As medidas de remendo adotadas pelo Governo não resolveram o problema e mesmo uma botija de gás — o aquecimento dos mais pobres — mantém-se com o IVA em taxa máxima”, lamentou.

Por outro lado, o BE defende a eliminação do chamado ‘adicional ao ISP’ criado pelo Governo em 2016 e a dupla tributação do IVA, que, atualmente, incide sobre a soma do valor do combustível e do ISP.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:15 da tarde
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Labels: Apoio aos mais vulneráveis, Empresas, Famílias vulneráveis, Impostos

Desemprego cai 3,3% de janeiro para fevereiro e 20,3% face homólogo

in DN

Registam-se descidas nos setores de atividades, agrícolas e industriais e serviços em termos homólogos. A redução do desemprego registou-se em todas as regiões do país.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou 3,3% em fevereiro em relação a janeiro e diminuiu 20,3% face ao mesmo mês do ano passado, para 344.264, informou esta segunda-feira o IEFP.


Desemprego. Taxa de desemprego sobre para 6% em janeiro

Economia. Desempregados com subsídio caem para mínimo de quase um ano

Iefp. Desemprego registado sobe 2,3% em janeiro face a dezembro e cai 16,1% em termos homólogos

Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em fevereiro havia, assim, menos 11.604 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 87.579 desempregados inscritos do que em fevereiro de 2021, quando o país enfrentava o segundo confinamento geral devido à covid-19.

De acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social o universo de 344.264 desempregados registados corresponde ao valor mais baixo desde o início da pandemia.

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O Ministério liderado por Ana Mendes Godinho assinala ainda que o recuo em 11.605 desempregados observado no mês passado (face ao imediatamente anterior) corresponde à maior descida alguma vez ocorrida em fevereiro desde que esta série de dados teve início, em 2003.

Os dados esta segunda-feira divulgados interrompem a subida em cadeia que se registava há dois meses consecutivos relativamente ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego, sendo que a redução em cadeia foi transversal a praticamente todas as regiões do país, exceto nos Açores, onde houve uma subida de 0,3%.

Ainda na vertente regional, mas em termos homólogos, registou-se um recuo do desemprego registado em todas as regiões do país, com o Algarve e a Madeira a ostentarem as maiores reduções do país com quebras de, respetivamente, 30,8% (menos 10.311 pessoas inscritas) e 29,0% (menos 5.888 pessoas inscritas).

Por seu lado, o desemprego jovem (categoria que considera as pessoas com menos de 25 anos) registou uma uma diminuição em cadeia de 3,4% em fevereiro face a janeiro (-1.304 jovens) e uma diminuição de 27,7% (-14.003 jovens) face ao período homólogo.

O número de desempregados de longa duração (categoria que abrange as pessoas inscritas há mais de um ano no centro de emprego) totalizava em fevereiro 169.023, o que traduz uma diminuição de 3,1% face a janeiro (-5.318 pessoas) e um agravamento de 1,9% (+ 3.123 pessoas) por comparação com fevereiro de 2021.

Já entre os inscritos há menos de um ano, e que totalizam 175.241, observou-se um recuo em cadeia e em termos homólogos de, respetivamente, 3,5% e 34,1%.

Por grupos profissionais, e tendo em conta a variação em cadeia, a percentagem de desempregados mais representativa citou-se nos 'trabalhadores não qualificados' (25,5%), 'trabalhadores de serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores' (21,6%) e 'Especialistas das atividades intelectuais e científicas' (10,5%).

Na comparação homóloga, o IEFP dá conta de que, excluindo os grupos com pouca representatividade no desemprego registado, "todos os grupos representaram diminuições", com destaque para os 'trabalhadores de serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores' (-25,8%), 'operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem' (-23,5%) e os 'trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices' (-22,6%).


A nível setorial registam-se descidas na generalidade dos setores de atividades, agrícolas e industriais e serviços em termos homólogos. Na evolução em cadeia, a tendência foi igualmente de queda nos serviços e indústria, mas de subida (0,8%) nas atividades agrícolas.

As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês e fevereiro totalizaram 11.242 em todo o país, um número inferior em 1.191 às recebidas em janeiro (-9,6%), mas que superaram em 3.565 (+ 46,4%) as de fevereiro de 2021.

As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao Continente) foram as 'atividades imobiliárias e dos serviços de apoio' (20,4%), o 'alojamento, restauração e similares' (17,4%) e o 'comércio a grosso e a retalho' (10,7%).

As colocações (dados relativos ao Continente) revelam que se registou uma maior concentração nos 'trabalhadores não qualificados (32,1%), nos 'trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores' (16,6%) e nos 'trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices' (11,7%).

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 3:01 da tarde
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Labels: Desemprego, Pandemia, Portugal

IHM REFORÇA PROXIMIDADE COM ASSOCIAÇÕES SEDIADAS NOS BAIRROS SOCIAIS

in Jornal da Madeira

O Conselho de Administração da IHM-Investimentos habitacionais da Madeira, no âmbito das suas políticas de proximidade, tem vindo a efetuar visitas às associações com sede nos vários bairros sociais.

O objetivo destes contactos mais próximos é inteirar-se das atividades em curso nas próprias instituições, bem como das suas dificuldades, necessidades deste período pós-pandemia, no qual muitas destas associações funcionaram como um recurso de suporte e proximidade de excelência.

A mais recente visita foi à Associação Casa do Voluntário, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS), com sede num espaço cedido no Bairro da Nazaré, que ostenta o título de primeiro Banco de Voluntários criado em Portugal.

O presidente do Conselho de Administração da IHM, João Pedro Sousa, acompanhado pela vogal Mara Rodrigues, foram recebidos pela diretora da Casa do Voluntário, Helena Correia, que deu a conhecer os objetivos e projetos sociais levados a cabo por esta associação.

Na ocasião, a responsável explicou que, apesar da promoção e divulgação do voluntariado, bem como o recrutamento e formação de novos voluntários sejam os os principais desafios desta IPSS, mais recentemente, a sua ação enveredou para o apoio social, através de projetos como o projeto N.A.D.A. - Não Ao Desperdício Alimentar.

Este projeto, que tem como principal objetivo assegurar a alimentação a indivíduos ou agregados que se encontrem em situações de vulnerabilidade económica ou social, tem também como meta contribuir para a redução ecológica causada pelo fenómeno do desperdício alimentar. Foi comunicado nesta visita que, neste momento, este projeto apoia 40 agregados familiares, sendo que estão em lista de espera outras 21 famílias, a apoiar dentro em breve.

Com mais de 1.900 voluntários inscritos na sua Bolsa, esta associação tem ainda inscritas cerca de uma centena de instituições que acolhem voluntários nas diferentes áreas, entre as quais a Ação Social, Saúde, Educação, Ciência e Cultura, Defesa do Património e do Ambiente, Defesa do Consumidor, Emprego e Formação Profissional, Cooperação para o Desenvolvimento, Reinserção Social e Proteção Civil.

No decorrer deste ano, a Casa do Voluntário pretende alargar este projeto através de parcerias com estabelecimentos da área da hotelaria e restauração.

Nesta visita, o Conselho de Administração da IHM reforçou e agradeceu o meritório trabalho desenvolvido pela Casa do Voluntário.

“São projetos como este que dão corpo à intervenção social promovida pela IHM, complementando todo o trabalho já desenvolvido nos bairros sociais sob gestão desta entidade pública”, salientou o presidente João Pedro Sousa.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 2:57 da tarde
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Labels: Apoio a Associções, Associações, IHM-Investimentos habitacionais da Madeira, Madeira

Desempregados com subsídio recuam para mínimo de um ano

Maria Caetano, in JN

Despesa da Segurança Social com as baixas covid-19 e o lay-off tradicional voltou a disparar em fevereiro.

A percentagem de desempregados com acesso a prestações por desemprego atingiu em fevereiro um mínimo de praticamente um ano, após melhoria de cobertura significativa alcançada na primavera do ano passado. Para o recuo contribuiu uma queda em mais de um quinto nas prorrogações de subsídios, num momento em que o desemprego de longa duração permanece a níveis historicamente elevados.
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Em fevereiro, e de acordo com cálculos do JN/Dinheiro Vivo, a partir de estatísticas da Segurança Social e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) publicadas ontem, a taxa de cobertura das prestações de desemprego ficou em 60,6%, caindo dos 63,3% registados no arranque do ano.

É o nível mais baixo de cobertura a ocorrer desde fevereiro de 2021, quando apenas 59% dos desempregados tinham acesso a subsídio, e representa a continuação de uma tendência de descida do alcance das prestações ao longo dos últimos meses. O máximo de cobertura atingida no quadro da atual pandemia foi de 68,8%, em maio de 2021.

Em fevereiro, a Segurança Social registava 208 657 beneficiários de prestações por desemprego num universo de 344 264 indivíduos registados como desempregados nos centros do IEFP.

O número de desempregados com subsídio caiu no último mês em 7,4%, com cerca de menos 17 mil beneficiários relativamente a janeiro.

A diminuição mais expressiva ocorreu naqueles que até aqui têm sido beneficiários da medida de prorrogação de prestações por desemprego por seis meses prevista no Orçamento do Estado de 2021, e que nos dois primeiros meses deste ano terá ainda abrangido um total de 36 487 pessoas, com um custo de 29,9 milhões de euros.

Segundo os dados da Segurança Social, no mês passado havia já apenas 27 633 desempregados com subsídio prolongado, numa diminuição de 21% face ao mês anterior, ou de 7322 beneficiários.

No mês passado, havia 344 264 desempregados nos centros do IEFP, um recuo de 3,3% face a janeiro, ou menos 11 604 inscrições ativas. Comparando com um ano antes, a fevereiro de 2021, há menos 20,3% desempregados registados, ou menos 87 579 inscritos.


Segurança Social

Baixas aumentam

Os subsídios por doença ou isolamento de atribuição extraordinária devido à pandemia voltaram a subir em fevereiro. Foram mais 33%, ou mais 110 283 pagamentos, para um total de mais de 445 mil, em cálculos JN/DV a partir de dados da Segurança Social.


Mais em lay-off

Os trabalhadores em lay-off tradicional aumentaram 31,1% em fevereiro face a janeiro, e 19,4% em termos anuais, para 10 583 pessoas.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 2:54 da tarde
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Labels: Desempregados, Desemprego, Subsídio de desemprego, Trabalho

Desemprego recua 20,3% face a fevereiro de 2021

Maria Madeira, Miguel Alexandre Ganhão, in Correio da Manhã

Números absolutos são os mais baixos desde o início da Covid-19, diz o governo.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego, em fevereiro, recuou 20,3% face ao mesmo mês do ano passado e diminuiu 3,3% relativamente a janeiro de 2022, revelou o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). O que corresponde a menos 87.579 desempregados inscritos do que em fevereiro de 2021 e menos 11.605 face a janeiro passado, sendo esta última a maior descida alguma vez ocorrida no mês de fevereiro, desde que esta série teve início, em 2003.

Também o universo de 344.264 desempregados inscritos regista o valor mais baixo desde o início da pandemia, de acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Os dados ontem divulgados interromperam a subida em cadeia que se registava há dois meses consecutivos, relativamente ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego, sendo esta descida transversal a quase todas as regiões do país, à exceção dos Açores, onde se registou um aumento de 0,3%. Foram processados em fevereiro 146.398 subsídios de desemprego. Já o número de pessoas beneficiárias do chamado subsídio social de desemprego inicial situou-se em 8.123 em fevereiro. O valor médio das prestações de desemprego foi de 548,73 euros em fevereiro.

Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 2:41 da tarde
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Labels: Desemprego, Portugal

Plataforma de Apoio aos Refugiados apoia cerca de 300 ucranianos, alguns entregues por quem os resgatou

in Expresso

O diretor da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) diz que "todos os dias há saídas de carrinhas", em iniciativas individuais para resgatar ucranianos em fuga da guerra. Portugal já recebeu mais refugiados num mês do que nos últimos seis ou sete anos, de acordo com a PAR

A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) está a apoiar algumas iniciativas particulares de resgate e a acompanhar cerca de 300 pessoas refugiadas ucranianas, algumas das quais entregues por quem as foi buscar a países fronteira da Ucrânia.

Em entrevista à agência Lusa, quando se completa um mês desde o início da guerra da Rússia com a Ucrânia, o diretor da PAR adiantou que, entre as cerca de 40 instituições que integram a Plataforma e estão a fazer acolhimento direto, estão a “acompanhar aproximadamente 300 pessoas”.

“Esse número vai crescer provavelmente nas próximas semanas porque nós estamos à espera de uma chegada grande de cerca de 150 pessoas”, adiantou André Costa Jorge.

A PAR recebeu 3272 respostas de disponibilidade para ajudar os refugiados ucranianos, 1397 das quais para acolher essas pessoas. Houve também 663 pessoas que se disponibilizaram para acompanhar famílias, outras 362 que se ofereceram para fazer recolha de bens ou cerca de 360 pessoas que se ofereceram para fazer voluntariado especializado, como apoio jurídico ou psicológico, por exemplo.

O casal Svitlana Anosova, 59 anos, e Serhii Savchuc, 60 anos chegaram há dias, depois de terem abandonado a casa em Kharkiv, rumo a Lviv num comboio de retirada de civis, para depois atravessarem a fronteira com a Polónia e apanharem um avião para Portugal.

Não falam inglês e é com a ajuda da nora, que faz a tradução para português, que contam à Lusa que queriam vir para Portugal para poderem estar com os filhos e que estão muito agradecidos não só ao Governo português, mas a todas as pessoas que os ajudaram quando chegaram.

Com a voz trémula e de lágrimas nos olhos, Svitlana Anosova começa a dizer que quer um mundo normal para todos, mas precisa da ajuda do marido para concluir que “querem que fique tudo bem para todos”.

Não hesitam quando se lhes pergunta se pensam em voltar à Ucrânia e respondem ao mesmo tempo: "Sim."

Segundo André Costa Jorge, os atendimentos de refugiados ucranianos sucedem-se a um ritmo diário e acrescentou que deverá aumentar, tendo em conta que “é possível que haja outras iniciativas [de resgate]” para as quais contactem a PAR, uma vez que “iniciativas de grupos de cidadãos acontecem todos os dias”.

“Todos os dias há saídas de carrinhas”, apontou, revelando que muitas vezes são contactados por pessoas que foram buscar refugiados ucranianos, mas que não têm forma de os acolher, bem como por autarquias ou mesmo pelo Alto Comissariado para as Migrações (ACM).

Para André Costa Jorge, esta é uma situação que potencia o risco de tráfico de seres humanos, não só em Portugal, mas por toda a Europa, apesar de agora haver mais controlo.

Por outro lado, defendeu que “é importante que todos os responsáveis no acolhimento saibam e tenham consciência que a prioridade da intervenção é a proteção das pessoas”, alertando que há muitas crianças a cargo e é preciso ter atenção à saúde destes menores e à sua integração em meio escolar.

“Creio que a saúde mental deve ser a preocupação número um nestas pessoas, depois a estabilização social e a questão da habitação”, salientou André Costa Jorge, chamando também a atenção para a questão da empregabilidade e da sustentabilidade destas famílias.

Sublinhou que em causa estão “pessoas que tiveram um processo de perda muito forte, em alguns casos profundamente traumático”, defendendo que “é preciso acompanhar este processo no terreno para que haja uma mitigação do sofrimento que provavelmente acontecerá se o conflito não parar nos próximos dias”.

Logo a seguir, André Costa Jorge defendeu que é preciso encontrar soluções que permitam às pessoas aceder ao mercado de trabalho, bem como à habitação, sublinhando que “devem ser encontrados caminhos” que permitam a estas pessoas desempenhar funções que tenham a ver com as suas qualificações.

Apontou que é também preciso pensar no ensino da língua, admitindo que essa não seja uma prioridade para quem chega, dada a vontade de regresso.

Disse também que outra das coisas que o preocupa é a “necessidade de haver uma definição mais rápida de qual é o quadro de apoio financeiro a quem está a fazer o acolhimento”, uma vez que até aqui esse acolhimento era feito apenas por instituições, que recebiam uma verba para isso, mas agora é também aberto a famílias.

“Neste momento é necessário clarificar este ponto até porque não se pode exigir aos cidadãos e às famílias que tenham uma componente de acompanhamento técnico, não é essa a sua vocação, têm disponibilidade [e isso] já é bastante”, defendeu.

Destacou que Portugal já recebeu mais refugiados num mês – o número total ultrapassa os 19 mil pedidos de proteção – do que nos últimos seis ou sete anos, mas salientou que “boa parte deste acolhimento assenta na existência de uma comunidade, que é uma das maiores comunidades imigrantes” e no facto de haver “uma enorme disponibilidade social”.

Alertou, por outro lado, que “as famílias não podem ficar eternamente com refugiados” e defendeu que “é necessário acautelar que estas pessoas tenham condições para passar para uma situação de autonomia atendendo ao stress psicológico a que estão sujeitas neste momento”.

Na opinião de André Costa Jorge, muitas destas pessoas não estarão em condições de entrar no mercado de trabalho no imediato e defendeu que é preciso começar a trabalhar em vários cenários, entre o conflito poder durar mais do que é expectável ou haver um acordo e a estabilidade regressar.

O responsável acredita que num cenário de fim de guerra, muitas das pessoas quererão regressar ao país de origem, mas salientou que poderá também haver casos de quem queira ficar a residir no país de acolhimento e que, nesse caso, será necessário definir um quadro legal que se aplique a essas pessoas, já que nessa altura terão de passar por um processo que será mais semelhante ao de um imigrante económico do que ao do acolhimento de emergência.
Posted by EAPN - Observatório de Imprensa at 2:37 da tarde
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Labels: Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), Refugiados, Ucrânia
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