Texto Cristina Santos, in Fátima Missionária
É necessário ter uma visão global para compreender que é possível erradicar a pobreza alimentar, energética e financeira sem pressionar os limites do planeta, defende um estudo publicado pela Oxfam
A luta contra a pobreza não aumenta necessariamente a pressão sobre os recursos naturais do planeta, defende um novo relatório da organização internacional Oxfam. Para a autora, Kate Raworth, os dois grandes limites para o bem-estar do ser humano dividem-se em dois setores: o social que compreende a fome, as desigualdades e as doenças, e o ambiente que abrange o aquecimento do clima e a perca de biodiversidade. É preciso atacar a indigência humana e a degradação ambiental, insiste.
É necessário ter uma visão global para compreender que é possível erradicar a pobreza alimentar, energética e financeira sem pressionar os limites do planeta, defende. Uma visão do desenvolvimento sustentável leva a compreender que a luta contra a pobreza e as injustiças sociais está diretamente ligada à estabilidade ecológica e à renovação de recursos naturais. De acordo com o estudo, a pressão exercida sobre o planeta resulta do consumo excessivo dos seus recursos por parte dos 10 por cento mais ricos da população mundial. No mundo, cerca de 900 milhões de pessoas têm fome e 1.4 mil milhões vivem com menos de um euro por dia.