in Diário de Notícias
O presidente da comissão executiva do Banco Bic português defende que o País só vai crescer depois de conseguir desendividar-se e reduzir o nível de dívida pública, sem esquecer as reformas estruturais agora iniciadas pelo Governo. E prevê que faltem mais de três anos para a retoma da economia.
Em entrevista ao Gente que Conta, programa semanal de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, Luís Mira Amaral afirma que cumprir o programa da troika sem deslizes é essencial para, mais tarde, e só em caso de necessidade, o País poder solicitar uma renegociação do programa de ajustamento. E afirma que a magistratura de influência do Presidente da República é importante para moderar a austeridade imposta pelo Governo.
Sobre a aquisição do BPN, refere nada ter a ver com o passado do banco e explica que a compra da instituição bancária pelo Banco Bic, a que preside, está dependente de Bruxelas, estando o Governo português a negociar com a Direção Geral de Concorrência o pacote de ajudas do Estado atribuídas ao BPN desde a nacionalização. Analisando a situação da banca, afirma que os bancos portugueses podem necessitar de recorrer aos 12 mil milhões de euros destinados pela troika ao reforço de capital. E afirma que Angola é 'pivot' essencial na estratégia portuguesa de exportações, para criar reciprocidades no investimento e, assim, levar os angolanos a investir em Portugal.