in Agência Ecclesia
Organismo cristão destaca necessidade de acabar com a ideia de que os reformados são «um peso morto» na comunidade
O movimento cristão “Vida Ascendente” defende que a quebra acentuada na taxa de natalidade e o envelhecimento progressivo da população mundial exigem hoje mais protagonismo social para os idosos.
Em entrevista à ECCLESIA, Marta Melo Antunes, que integra o comité executivo daquele organismo constituído por leigos presentes em mais de 60 países, nos diversos continentes, destaca a necessidade de acabar com a ideia de que os reformados são “um peso morto” no meio da comunidade.
“Uma das nossas funções é fazer perceber aos outros, aos mais jovens, que nós continuamos aqui para ser úteis e para servir”, realça aquela responsável, que recorda o contributo cada vez mais importante dos idosos, na educação das novas gerações.
“Normalmente os pais não têm tempo, são os avós os principais transmissores dos valores atuais”, sustenta.
Criado há 50 anos em França, o movimento “Vida Ascendente” está empenhado na dignificação de todos os reformados e assenta o seu programa de ação em três pilares: a espiritualidade, o apostolado e a amizade.
Para a representante do comité executivo daquele organismo, a reforma é apenas “uma nova etapa da vida”, que não deve impedir as pessoas de continuarem ativas, “quer no mundo quer na Igreja”.
Uma mensagem que os responsáveis pelo movimento estão a ter ocasião de difundir, com outra visibilidade, aproveitando o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações.
Marta Melo Antunes diz que o evento tem sido uma “excelente” oportunidade para dar a conhecer os valores defendidos pelo movimento, inclusivamente dentro da própria Igreja Católica.
“Alguns párocos solicitaram a nossa presença nas suas paróquias para um possível lançamento do movimento nessas regiões”, adianta.
Em paralelo com a “reforma ativa”, o combate à solidão é outras das principais preocupações do movimento “Vida Ascendente”, que privilegia dinâmicas de grupo que ajudem a integrar pessoas “pessoas mais isoladas”.
Entre 6 e 12 de fevereiro, o comité executivo do organismo, constituído por um coordenador de cada continente, esteve reunido em Fátima para debater estas questões e definir uma estratégia geral para os próximos anos.
De acordo com Marta Melo Antunes, ficou clara a necessidade de atualizar objetivos e reforçar os vínculos que unem esta estrutura, para melhor responder às “modificações” que se verificaram na sociedade, nos últimos 50 anos.
PTE/CP