15.2.12

‘Take-away’ social para os mais pobres

Por:Paulo Pinto Mascarenhas, in Correio da Manhã

As cantinas sociais vão passar a fornecer almoços e jantares para os mais pobres levarem para casa. O conceito ‘take-away’ é uma das novidades que o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, apresenta hoje no Parlamento.

O investimento do Estado nas cantinas sociais vai crescer de 2,7 milhões de euros para 50 milhões de euros. Vai crescer o número de refeitórios espalhados por todo o País: eram 62 e vão passar a ser 95o, incluindo "as que já existem e que não estavam a ser apoiadas pelo Estado". Além das refeições individuais, estas cantinas também vão fornecer refeições a creches ou lares de idosos, por exemplo.

Muitos dos ‘novos pobres’ têm alguma vergonha de entrar nas cantinas sociais e a possibilidade de levarem uma refeição completa para casa pode ultrapassar esse obstáculo. O Governo quer também obter um conhecimento mais directo desta nova pobreza, garantindo o anonimato de quem vai às cantinas sociais.

O aumento do investimento tem a ver também com o protocolo assinado entre o Governo e o terceiro sector, ou seja, as instituições de solidariedade social. Ainda ontem, Mota Soares afirmou que as instituições sociais poderão beneficiar, ainda em Fevereiro, de outra nova linha de crédito de 50 milhões de euros criada pelo Governo para ajudar nas dificuldades financeiras. "No final de Janeiro recebemos as últimas candidaturas, portanto estamos certos de que já em Fevereiro haverá instituições a beneficiar desta linha de crédito", disse Mota Soares.

"Queremos garantir a sua sustentabilidade e por isso estamos a tomar um conjunto de medidas para ajudar as instituições sociais", acrescentou o ministro Pedro Mota Soares, apelando "à responsabilidade social das instituições".