in Público on-line
O número de empresas que pediram insolvência desde 1 de Janeiro até agora aumentou 48%, em comparação com o mesmo período de 2011. O distrito do Porto continua a ser líder nesta contabilidade, segundo os dados do Instituto Informador Comercial.
Desde o início do ano até este domingo foram registados 2769 pedidos de insolvência. A dividir pelos 155 dias já passados em 2012, dá uma média de 17,86 – arredondando, 18 insolvências por dia.
Os dados são actualizados todos os dias por aquele instituto. Porém, para se perceber o significado destes pedidos de insolvência no contexto da economia portuguesa será necessário comparar com o número de empresas criadas no mesmo período.
O que parece inegável é que o ritmo de destruição de empresas acelerou em comparação com os dois últimos anos. Por esta altura em 2010 havia 1752 registos, em 2011 eram 1863 e no presente ano este valor aumentou 48%. Em valor absoluto, o distrito do Porto lidera esta contabilidade, como já sucedia no passado, com 650 empresas em insolvência (contra 463 em 2011 e 334 em 2010), mas a variação em percentagem indica que é o distrito da Guarda onde o ritmo mais acelerou: os 33 pedidos registados até agora correspondem a um aumento de 175% face aos 12 pedidos de 2011, ano em que havia uma variação nula face a 2010.
Por sectores de actividade, o têxtil, o imobiliário, o comércio a retalho e de automóveis, a reparação de computadores e bens domésticos e as actividades de apoio social com alojamento são os que apresentam uma variação mais acentuada. Em valor absoluto, os sectores mais atingidos são o imobiliário e a venda de automóveis.
Esta informação, explica o instituto, "resulta do processamento diário de todos os anúncios de Acção de Insolvência publicados em Diário de República".