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O aumento da taxa de desemprego em 2011 foi o maior desde 1983, a data mais antiga para a qual o Instituto Nacional de Estatística (INE) disponibiliza registos.
A taxa de desemprego média anual de 2011 situou-se nos 12,7 por cento, segundo números hoje divulgados pelo INE - 1,9 pontos percentuais acima da taxa registada em 2010 (10,8 por cento).
Os números não são rigorosamente comparáveis, porque o INE fez mudanças de série em 1991 e 1998, e alterou a metodologia de cálculo no início de 2011.
Tendo esse dado em mente, o aumento de 2010 para 2011 é o maior das últimas três décadas, igualado apenas pela subida da taxa de 2008 para 2009.
Para além disso, a taxa de desemprego oficial no quarto trimestre de 2011 atingiu os 14 por cento - uma subida de 1,6 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior.
Também esta é a maior subida da taxa de um trimestre para outro na base de dados do INE desde 1983.
Eis alguns dos números mais significativos hoje publicados sobre o mercado de trabalho:
14 por cento: taxa de desemprego registada no último trimestre de 2011, segundo o INE, nível mais alto de sempre.
770 mil: número de desempregados a que equivale a taxa de 14 por cento.
50,7 mil: acréscimo no número de homens desempregados no último trimestre de 2011.
30,6 mil: acréscimo no número de mulheres desempregadas no último trimestre de 2011.
35,4 por cento: percentagem dos jovens entre 15 e 24 anos sem emprego no final de 2011, o equivalente a 156 mil jovens desempregados.
249 mil: número de desempregados à procura de emprego há mais de dois anos.
17,5 por cento: taxa de desemprego no Algarve no último trimestre de 2011. A taxa no Algarve subiu 4,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, e é a mais alta de todas as regiões do país.
12,6 por cento: taxa de desemprego na região Centro, a mais reduzida do país, que mesmo assim cresceu 3,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
108 mil: número de licenciados no desemprego no final de 2011, pela primeira vez acima dos 100 mil, equivalente a uma taxa de desemprego de 10,6 por cento entre pessoas com estudos no ensino superior.
15,4 por cento: taxa de desemprego entre pessoas com ensino secundário ou pós-secundário.
286 mil: número de inactivos disponíveis ou desencorajados (isto é, pessoas dispostas a trabalhar mas que não estão activamente a procurar emprego) no final de 2011.
187 mil: número de pessoas em situação de subemprego visível (mais 16,9 por cento que no trimestre anterior).
1,24 milhões: número total de pessoas sem emprego, obtido adicionando ao número de desempregados os inactivos disponíveis ou desencorajados e os subempregados. Este número corresponderia a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6 por cento.
12,7 por cento: taxa de desemprego média anual para 2011.
3,9 por cento: taxa de desemprego média anual para o ano 2000.
1,9 pontos percentuais: subida da taxa de desemprego de 2010 para 2011, a maior subida alguma vez registada pelo INE de um ano para outro.
637.662: número de desempregados inscritos nos centros de emprego do IEFP em janeiro.
14,4 por cento: aumento no desemprego registado do IEFP de janeiro de 2011 para este ano.
13,7 por cento: taxa média anual prevista pelo Governo e pela 'troika' para o desemprego em 2012.