17.2.12

Desemprego: os números da maior subida dos últimos 30 anos

in Sol

O aumento da taxa de desemprego em 2011 foi o maior desde 1983, a data mais antiga para a qual o Instituto Nacional de Estatística (INE) disponibiliza registos.

A taxa de desemprego média anual de 2011 situou-se nos 12,7 por cento, segundo números hoje divulgados pelo INE - 1,9 pontos percentuais acima da taxa registada em 2010 (10,8 por cento).

Os números não são rigorosamente comparáveis, porque o INE fez mudanças de série em 1991 e 1998, e alterou a metodologia de cálculo no início de 2011.

Tendo esse dado em mente, o aumento de 2010 para 2011 é o maior das últimas três décadas, igualado apenas pela subida da taxa de 2008 para 2009.

Para além disso, a taxa de desemprego oficial no quarto trimestre de 2011 atingiu os 14 por cento - uma subida de 1,6 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior.

Também esta é a maior subida da taxa de um trimestre para outro na base de dados do INE desde 1983.

Eis alguns dos números mais significativos hoje publicados sobre o mercado de trabalho:

14 por cento: taxa de desemprego registada no último trimestre de 2011, segundo o INE, nível mais alto de sempre.

770 mil: número de desempregados a que equivale a taxa de 14 por cento.

50,7 mil: acréscimo no número de homens desempregados no último trimestre de 2011.

30,6 mil: acréscimo no número de mulheres desempregadas no último trimestre de 2011.

35,4 por cento: percentagem dos jovens entre 15 e 24 anos sem emprego no final de 2011, o equivalente a 156 mil jovens desempregados.

249 mil: número de desempregados à procura de emprego há mais de dois anos.

17,5 por cento: taxa de desemprego no Algarve no último trimestre de 2011. A taxa no Algarve subiu 4,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, e é a mais alta de todas as regiões do país.

12,6 por cento: taxa de desemprego na região Centro, a mais reduzida do país, que mesmo assim cresceu 3,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

108 mil: número de licenciados no desemprego no final de 2011, pela primeira vez acima dos 100 mil, equivalente a uma taxa de desemprego de 10,6 por cento entre pessoas com estudos no ensino superior.

15,4 por cento: taxa de desemprego entre pessoas com ensino secundário ou pós-secundário.

286 mil: número de inactivos disponíveis ou desencorajados (isto é, pessoas dispostas a trabalhar mas que não estão activamente a procurar emprego) no final de 2011.

187 mil: número de pessoas em situação de subemprego visível (mais 16,9 por cento que no trimestre anterior).

1,24 milhões: número total de pessoas sem emprego, obtido adicionando ao número de desempregados os inactivos disponíveis ou desencorajados e os subempregados. Este número corresponderia a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6 por cento.

12,7 por cento: taxa de desemprego média anual para 2011.

3,9 por cento: taxa de desemprego média anual para o ano 2000.

1,9 pontos percentuais: subida da taxa de desemprego de 2010 para 2011, a maior subida alguma vez registada pelo INE de um ano para outro.

637.662: número de desempregados inscritos nos centros de emprego do IEFP em janeiro.

14,4 por cento: aumento no desemprego registado do IEFP de janeiro de 2011 para este ano.

13,7 por cento: taxa média anual prevista pelo Governo e pela 'troika' para o desemprego em 2012.