Olli Rehn diz que Portugal enfrenta “grandes desafios”

in Público on-line

O comissário europeu dos Assuntos Económicos pediu “unidade” aos portugueses para garantir a aplicação do programa de ajustamento económico.

Numa conferência de imprensa, em Estrasburgo, que serviu para apresentar os resultados de um relatório sobre os mecanismos de prevenção de desequilíbrios macroeconómicos na Europa, Olli Rehn disse, citado pela Lusa, que “os portugueses podem confiar que a Europa está com eles”.

“Sei que Portugal e os portugueses estão a enfrentar grandes desafios, mas é importante que o país continue a mostrar unidade política e resistência para superar esses desafios”, afirmou.

Já em relação à Grécia, o comissário europeu dos Assuntos Económicos referiu que uma situação de bancarrota teria “consequências devastadoras” e “implicações negativas” em toda a economia europeia.

Apesar de reconhecer a “dor” dos cidadãos gregos, sujeitos a mais um pacote de austeridade, Rehn reiterou a necessidade de se atingir um consenso entre as forças políticas no país e garantir a “efectiva implementação” do novo programa de resgate financeiro, avaliado em 130 mil milhões de euros.

O comissário apresentou hoje as conclusões do relatório sobre riscos sistémicos na Europa, que aponta na direcção de reforçar a vigilância à situação macroeconómica de 12 países, para prevenir desequilíbrios que possam agudizar a actual crise.

Fazem parte dessa lista o Reino Unido, a França, a Bélgica, a Bulgária, a Dinamarca, o Chipre, Espanha, a Finlândia, a Hungria, a Itália, a Eslovénia e a Suécia. Foram excluídos os Estados-membros já resgatados, uma vez que os programas de ajustamento já prevêem uma monitorização regular.