4.2.12

Padre Lino Maia reeleito presidente da CNIS com larga maioria

Alexandra Serôdio,in Jornal de Notícias

O padre Lino Maia foi, este sábado, reeleito presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, naquela foi já considerada "a maior votação de sempre". O sacerdote do Porto, que encabeçava a lista A, obteve mais 247 votos que o padre Arsénio Isidoro, que liderava a lista B, num total de 954 votantes.

"Ninguém perdeu e todos ganharam. Por isso estou contente", disse ao JN o padre Lino Maia, minutos após conhecer os resultados que o colocam na direcção da CNIS durante mais três anos. O sacerdote mostrou-se satisfeito com o número de votantes, mas gostaria que "mais tivessem vindo votar", lembrando que o sector social "é a almofada deste país".

O resultado esmagador de hoje, também não foi considerado "uma derrota" pelo padre Arsénio Isidóro que encabeça a lista B e que obteve 350 votos. "Nunca é uma derrota quando estamos envolvidos nos caminhos da solidariedade" disse o sacerdote ao JN, assumindo a sua "inexperiência" e "desconhecimento" relativamente às instituições e destas em relação à sua candidatura.

A CNIS, com sede no Porto, é a principal organização representativa das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em Portugal.

Contando com 2655 associados - de várias religiões, sendo a maioria católica -, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) congrega federações e uniões, distritais e regionais, sendo o rosto de representação de respostas de apoio à comunidade, em geral, e às famílias, crianças, jovens, idosos e deficientes, em especial. Tem 100 mil funcionários e 500 mil utentes.

Um total de 40% dos associados da CNIS são instituições que dependem juridicamente da Igreja, como centros paroquias, por exemplo. Cerca de 30% são instituições que estão na órbita da Igreja, isto é, organismos laicos que são geridos por grupos de católicos.

Assim sendo, a Igreja Católica acaba por "controlar" a gestão da CNIS, não sendo estranho que as duas listas apresentadas fossem presididas por dois padres.

Após a eleição, o priemiro-ministro telefonou ao padre Lino maia, dando-lhe os parabéns pela reeleição e prometeu "mandar" para Fátima, o ministro que estive mais próximo da cidade.