por Fátima Casanova, in RR
“Estamos a pôr em causa a abertura do próximo ano lectivo, porque as coisas não se fazem de um momento para o outro”, alerta o presidente do Conselho das Escolas.
O Governo decidiu criar mais 152 novos agrupamentos, mas até agora ainda nada está decidido. As aulas terminam na sexta-feira e as escolas ainda não sabem como vão ficar organizadas nem como preparar o próximo ano lectivo.
“Estamos a pôr em causa a abertura do próximo ano lectivo, é nisso que temos que pensar. Porque as coisas não se fazem de um momento para o outro”, alerta na Renascença o presidente do Conselho das Escolas, Manuel Esperança.
O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Adalmiro Fonseca, reforça o aviso: “Todos os agrupamentos estão parados neste momento. Não há agrupamento nenhum que tenha sido constituído que esteja em funcionamento. Rigorosamente nenhum”.
Os directores das escolas agora agregadas responsabilizam o Ministério da Educação e Ciência pelo atraso em nomear as comissões administrativas provisórias dos mega agrupamentos entretanto criados.
É preciso saber, o quanto antes, quem vai ficar a gerir cada agrupamento, apelam.
“É preciso, com urgência, definir quem vai ficar e temos a consciência de que já é um bocadinho tarde”, afirma o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira.
A lista final dos mega agrupamentos foi conhecida há cerca de duas semanas, mas ainda não foram nomeadas as respectivas comissões administrativas provisórias.
Confrontado com as preocupações dos directores, o Ministério da Educação diz, num comunicado à Renascença, que “a nomeação das comissões provisórias será feita no devido tempo e acautelando os trabalhos de preparação do arranque do próximo ano lectivo”.