Por Ana Rita Faria, in Público on-line
A crise económica e a instabilidade financeira estão a levar as famílias portuguesas a pouparem mais. Indicador está ao nível mais alto desde meados de 2003.
O indicador de poupança, elaborado pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e pela Universidade Católica, atingiu em Maio os 109,7 pontos, acima dos 104,9 registados em Abril. Este valor é mesmo o mais alto desde meados de 2003.
De acordo com a APFIPP e a Universidade Católica, “o indicador sugere que a poupança das famílias em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto] retomou a tendência crescente”, isto numa altura em que as medidas de austeridade, a recessão e o desemprego elevado estarão a levar mais portugueses a poupar, com receio de futuras dificuldades económicas.
Além disso, destaca a APFIPP e a Católica, o principal índice da bolsa portuguesa – o PSI-20 – voltou a sofrer uma queda significativa em Maio, depois de uma estabilização temporária. “A desvalorização dos activos financeiros pode conduzir as famílias a aumentarem a poupança de forma a reporem o valor do seu património financeiro”, explicam.
O índice elaborado pela APFIPP e pela Universidade Católica remonta ao último trimestre de 2000, onde assume o valor de 100, equivalente a uma taxa de poupança de 8% do PIB. Cada 12,5 pontos do indicador representa cerca de 1% do PIB.