No final de junho estavam registados nos centros de emprego 406.665 desempregados, menos 2269 pessoas do que em maio. É a primeira vez desde o início da pandemia que o desemprego registado não sobe face ao mês anterior. Ainda assim, em termos homólogos, verificou-se um aumento marcado de 36,4%
Após três meses sempre a subir em relação ao mês precedente, o desemprego registado em Portugal diminuiu ligeiramente em junho, face a maio. É a primeira vez que isso acontece desde o início da pandemia de Covid-19.
Segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados esta segunda-feira, no final de junho estavam registados nos centros de emprego 406.665 desempregados, menos 2.269 do que no final de maio. A redução é de 0,6%.
Comparando com fevereiro, ou seja, com a situação vivida no país pré-pandemia, havia no final de junho mais 91.103 desempregados registados nos centros de emprego.
Apesar desta redução ligeira face ao mês anterior, em termos homólogos, isto é, em relação a junho de 2019, verifica-se um incremento acentuado: mais 108.474 desempregados registados nos centros de emprego, o que significa um aumento de 36,4%.
Números que sinalizam com clareza o impacto que o surto do novo coronavírus está a ter na economia e no mercado de trabalho nacional.
Recorde-se que os números do IEFP têm assinalado um crescimento marcado do desemprego registado, mas que, até agora, não têm tido tradução na taxa de desemprego apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Uma situação que tem levantado polémica e alertas por parte dos economistas.