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A conclusão é de um estudo do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) sobre a utilização da internet e de videojogos em quarentena.
O confinamento e o isolamento social tiveram um impacto “considerável” nos comportamentos aditivos relacionados com a utilização da internet e de videojogos, tendo levado a um aumento de tempo passado online e/ou em frente a ecrãs a jogar.
A conclusão é de um estudo realizado entre abril e maio de 2020 pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que procurou conhecer as alterações provocadas em período de confinamento.
O estudo foi feito com base num inquérito realizado online, com 807 respondentes, dirigido a internautas com 18 ou mais anos.
Segundo o SICAD, a tendência, entre os participantes, é de “valorizar mais os benefícios da utilização da Internet, nomeadamente como ferramenta de trabalho e de comunicação, do que os riscos e consequências negativas da sua utilização”.
“Ainda assim, durante a pandemia da Covid-19, verificou-se um agravamento de alguns indicadores, como a utilização intensiva da Internet (5 horas diárias ou mais) ou o contacto com fake news, além de se ter assistido a um aumento relevante da percentagem que nunca tinha tido problemas em controlar o tempo passado em frente a ecrãs e que passou a ter”, revelam os autores do estudo em comunicado enviado às redações.
Segundo o estudo, a maior parte dos pais com filhos menores a seu cargo e que utilizam a Internet permitiu que os seus educandos passassem mais tempo online durante o confinamento decorrente da pandemia da Covid-19, e que passassem a jogar mais, incluindo uma percentagem relevante que até aí não jogava e passou a jogar. Ainda assim, estes educandos tendem a encarar com preocupação o tempo que as crianças passam em frente a ecrãs e o que fazem através da Internet.