8.2.12

Campanha "Papel por Alimentos" angariou mais de 11500 euros em um mês

in Jornal de Notícias

A campanha "Papel por Alimentos", dos Bancos Alimentares Contra a Fome, angariou no primeiro mês mais de 115 toneladas de papel, equivalendo a mais de 11500 euros, já que cada tonelada de papel corresponde a cem euros de alimentos.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBA) fez um balanço "muito positivo" da campanha que arrancou a 23 de Dezembro e que angariou até ao fim do mês de Janeiro 115037,50 quilos de papel que vão agora ser convertidos em bens alimentares.

"Muito impressionante foi a mobilização e a adesão das pessoas em geral, nomeadamente das escolas, porque houve muitas escolas que quiseram fazer esta campanha, o que no fundo permite concretizar uma das suas vertentes porque esta era uma campanha que tinha uma vertente de sensibilização para o valor de pequenas coisas que às vezes parecem não ter valor", considerou Isabel Jonet.

De acordo com a responsável, a campanha teve a ajuda de 508 escolas e de 11 hospitais, para além de "todas as grandes empresas nacionais", onde a divulgação foi feita através dos toalhetes de refeição colocados nos tabuleiros das cantinas.

Dos dados disponibilizados pela presidente da FPBA, o Banco Alimentar de Lisboa liderou a recolha de papel, tendo conseguido recolher 59350 quilos, logo seguido pelo Banco Alimentar do Algarve, com 7530 quilos, e pelo Banco Alimentar do Porto, com 6271 quilos.

Depois do papel recolhido, a fase agora é de reciclagem, trabalho desenvolvido em parceria com uma empresa de recolha e recuperação de desperdícios. "A empresa Quima vai-nos dar por cada tonelada cem euros, mas já sabemos que esses cem euros é para serem convertidos em alimentos e o que nós vamos fazer é comprar alimentos", explicou Isabel Jonet, acrescentando que numa primeira fase vão comprar leite e atum.

Na opinião de presidente do FPBA, esta é uma campanha que serve sobretudo para colmatar a quebra de doações, consequência da quebra de actividade dos BA.

"Durante este semestre prevejo que haja uma quebra das doações e esta campanha vem de alguma forma permitir-nos atenuar essa eventual quebra. Esta campanha vai permitir completar os cabazes com produtos que deixaremos de receber", sublinhou.