in Público on-line (P3)
Arranca esta segunda-feira a campanha “Trabalhar no estrangeiro”. Anualmente saem entre 120 e 150 mil pessoas do país. Muitas vão sem informação e acabam em grandes dificuldades
Uma campanha de informação dirigida aos portugueses que querem trabalhar no estrangeiro arranca esta segunda-feira, dia 28, em todo o país com o objectivo de prevenir a emigração desinformada e evitar casos dramáticos.
“Temos para distribuir 100 mil desdobráveis, 10 mil brochuras e cinco mil cartazes. Numa fase posterior serão elaborados alguns ‘spots’ para as rádios. Este é o corpo essencial da campanha que está a avançar de imediato”, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades.
José Cesário adiantou que algum deste material já foi mesmo distribuído e que a campanha arrancará em pleno com a distribuição generalizada pelos 92 Gabinetes de Apoio ao Emigrante das câmaras municipais do norte, centro e Algarve, em 10 câmaras municipais da região de Lisboa, nos centros do Instituto Emprego e Formação Profissional, do Instituto de Segurança Social e da Autoridade para as Condições de Trabalho.
Há muita gente a partir desinformada
Parte do material será entregue à Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), que se encarregará de o distribuir pelas paróquias. A campanha, intitulada “Trabalhar no estrangeiro”, conta ainda com a colaboração de sindicatos e instituições ligadas as comunidades portuguesas no estrangeiro. “O importante é que as pessoas interessadas em emigrar possam ter acesso ao máximo de informação possível”, disse José Cesário.
A campanha de informação é lançada pelo Governo numa altura em que aumenta o número de portugueses que procuram o estrangeiro para trabalhar e depois de terem sido divulgados pela comunicação social casos dramáticos de emigrantes sem trabalho e a viver nas ruas em países como a Suíça ou o Reino Unido.
José Cesário confirma a tendência de aumento da emigração e repete a estimativa de que estarão a sair anualmente do país entre 120 a 150 mil portugueses. “Temos consciência que havendo mais desemprego há mais emigração. É um dado muito evidente com que estamos confrontados. Está a sair muita gente e onde quer que vamos isso é muito evidente”, disse.