Coordenado pelo município de Portimão, através da divisão de Habitação, Desenvolvimento Social e Saúde, este Núcleo conta desde já com várias entidade parceiras, como é o caso do Instituto de Segurança Social – Centro Distrital de Faro, o CHUA - Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a Associação para o Planeamento da Família – Delegação Algarve, a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Portimão, o GRATO - Grupo de Apoio aos Toxicodependentes e o MAPS - Movimento de Apoio à Problemática da SIDA que, ao abrigo do protocolo firmado, assumem vários compromissos que visam a promoção das condições da autonomia e do pleno exercício da cidadania pela população em situação de sem-abrigo.
«O NIPSA de Portimão assenta numa política de trabalho integrado e complementar entre as várias entidades representadas, numa premissa de rentabilização de recursos humanos e financeiros, o que possibilita que as instituições parceiras conciliem o trabalho relevante que vêm desenvolvendo no terreno há alguns anos, para que não se verifique a duplicação de respostas, ao mesmo tempo que é qualificada a intervenção ao nível da prevenção das situações de sem-abrigo e feito o acompanhamento junto dos utentes, centrando-se no indivíduo, na família e na comunidade», sublinha a autarquia portimonense.
O executivo adianta que «numa segunda fase, o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Portimão irá para além das parcerias que integram este protocolo, alargando-se à intervenção de outras entidades públicas e privadas», nomeadamente os restantes membros do grupo de intervenção direcionado à população em situação de sem abrigo, que nasceu do CLAS – Conselho Local de Ação Social em maio de 2018, e que unem esforços e rentabilizam recursos na ajuda às pessoas em situação de sem-abrigo em Portimão.
Segundo o mais recente diagnóstico local, existem no concelho 126 pessoas sem- abrigo, maioritariamente do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 75 anos, de nacionalidade portuguesa e baixa escolaridade.
Ao nível da saúde mental, a grande maioria apresenta duplos diagnósticos, com a ocorrência de doença psíquica e comportamentos aditivos, ao passo que, em termos de integração socioprofissional, quase todos os identificados estão desempregados e beneficiam do rendimento social de inserção, pensão de invalidez e reforma.