in TVI
A porta-voz da Comissão Europeia aponta como factor a falha na educação.
O combate à pobreza de pouco tem valido, em Portugal. A conclusão é de um estudo que analisou o fenómeno da pobreza no país, durante seis anos. Neste período, cerca de metade das famílias portuguesas passaram por situações de pobreza.
O centro de estudos para a intervenção social analisou à lupa o fenómeno entre1995 e 2000. Os dados revelam que 47 % dos agregados familiares portugueses viveram na pobreza pelo menos durante 12 meses. Metade d população atingida pela pobreza ao longo de um ano, trabalhava e tinha o emprego como principal fonte de rendimento. Mas o salário não era suficiente para fazer face às despesas mais básicas.
O cenário mais negro mostra que 6,5% população viveu em situação de pobreza durante os seis anos analisados. Entre 1995 e 2000, mais de metade das crianças e dos reformados experimentaram a pobreza, em pelo menos um dos anos em estudo.
A taxa pobreza em Portugal, está acima da média europeia e pouco ou nada se tem alterado nos últimos anos. A porta-voz da Comissão Europeia, Katharina Von Schnurbein, aponta como razão para Portugal ser o país com mais desigualdades, a falta de educação. O abandono escolar e as baixas qualificações, não criam oportunidades para as pessoas terem acesso a bons salários.