24.5.08

Um Banco de Esperança para crianças carenciadas

Hugo Silva, in Jornal de Notícias

Adelaide Costa (à esquerda) no palco da festa de inauguração. Marta Silva e Irene Miranda ultimam preparativos para a cerimónia


Éum Banco de Esperança para meninos carenciados, que vai ser inaugurado no dia 1 de Junho, Dia da Criança, e tem sede numa artéria com nome a propósito Rua do Paraíso, no centro do Porto. A Associação Banco da Esperança, instituição de solidariedade social, propõe-se ajudar crianças entre os cinco e os 12 anos, encaminhando-as para um futuro melhor, com apoio escolar, alimentar e cuidados primários de saúde.

Mas, para ajudar, também a associação precisa de ajuda, sublinha Adelaide Costa, presidente da instituição "Apelamos a todas as pessoas que nos possam ajudar. Aceitamos todos os tipos de donativos: alimentos, roupas, livros ou valores monetários". A procura de mecenas é diária. Até agora, só a empresa Mota Engil apoiou de forma significativa".

O ATL começa a trabalhar no dia seguinte à festa de inauguração. "Para já, arrancamos com cerca de 20 crianças, mas depois vamos ter mais", contabilizou Adelaide Costa. Além do apoio escolar, a instituição garante serviço de refeições (pequeno-almoço, almoço e lanche), aulas de inglês, espanhol, de iniciação à Informática e de culinária.

O projecto educativo do Banco da Esperança passará pela aprendizagem para a cidadania, explicou Marta Silva, que será uma das responsáveis do ATL. A sensibilização ambiental e um projecto de higiene oral também farão parte das lições, acrescentou. Irene Miranda estará mais ligada aos trabalhos manuais, sempre em interligação com os conteúdos programáticos.

Marta Silva salientou, ainda, a importância da aposta na mediação entre a escola, a associação e a família das crianças.

"Também temos um enfermeiro que virá cá sempre que se justifique", acrescentou Adelaide Costa. O principal rosto da associação não esconde o entusiasmo. "Ideias há muitas, mas precisamos de financiamento", sublinhou, revelando que foi apresentado à Federação Portuguesa de Futebol um projecto para captação de talentos. Já há treinador.

Por agora, uma das principais ambições do Banco da Esperança é conseguir uma carrinha para transportar as crianças entre as instalações da instituição e as respectivas escolas. Sem auxílio, não há condições financeiras para adquirir a ansiada viatura.