ACC, in Jornal de Notícias
"Santo Tirso é um concelho com riscos sociais sérios, que justificam que o poder central tome medidas urgentes no sentido de suster esta situação", alertava, ontem, o comunista José Alberto Ribeiro, no âmbito da passagem da caravana regional do PCP por instituições e empresas tirsenses e pela vizinha Trofa. Por isso, a Comissão Concelhia convocou uma manifestação para as 15 horas do dia 14 de Junho, no Parque D. Maria II, "contra o desemprego, a pobreza e a precariedade". O objectivo é "reclamar medidas concretas para que Santo Tirso tenha outro caminho".
Um trilho diferente daquele que tem conduzido à sucessiva redução de postos de trabalho por parte de grandes empregadores, como a têxtil JMA, em S. Martinho do Campo, que desde 2007 já dispensou cerca de 500 trabalhadores, a Sofil (em processo de insolvência) ou a Agostinho Martins Pereira, empresas que o PCP visitou ontem, com direito a distribuição de panfletos onde, à boleia da revisão do Código do Trabalho, se questiona as políticas de emprego do Governo.
Exemplos que terão contribuído para os "cerca de 7000 despedimentos" em Santo Tirso desde o início de 2004. "Números do Instituto do Emprego", certifica Jaime Toga, da direcção regional do PCP, que levam a calcular uma "taxa real [de desemprego no concelho] de 20%". Na Trofa, o PCP alerta para a "situação preocupante" da Máquinas Pinheiro, cujos "600 trabalhadores deram lugar a menos de 100 nos últimos quatro anos".