in Jornal Público
Recurso a casas de penhores sobe 50%
A procura das casas de penhores em Lisboa e Porto cresceu em quase 50 por cento em relação a 2007, o que gerentes de lojas do sector nas duas cidades atribuem ao aumento do custo de vida. "Trazem de tudo. Ouro, prata, peças grandes e pequenas, chegam mesmo a trazer linhos e às vezes a própria roupa que trazem no corpo querem vender. É uma situação mesmo muito aflitiva", explicou à Lusa António Antunes, responsável pelos penhores da Joalharia Áurea, na Baixa de Lisboa. A Joalharia Áurea verificou um aumento de procura na ordem dos 30 a 40 por cento, em relação a Maio de 2007. As casas de penhores emprestam dinheiro a clientes que depositam determinado bem na loja. O penhorista avalia o objecto, empresta determinada quantia e indica que o artigo ficará na loja por um período de três meses, durante os quais o artigo pode ser recuperado. Depois desse tempo, a loja pode vender legalmente o objecto. No Porto a situação verificada pela Lusa é semelhante. "Nos últimos tempos a procura desta casa aumentou em cerca de 50 por cento. E esta actividade funciona como um pêndulo da sociedade. Só demonstra como a sociedade está carecida e pobre", disse Aníbal Ferreira, gerente de uma loja da União de Crédito Popular SA, no Porto.