7.7.20

Metade das famílias portuguesas só tem poupanças até cinco meses, diz estudo do Bruegel

in Expresso

Portugal aparece entre os países com menor robustez no estudo do think tank Bruegel

As poupanças das famílias portugueses, antes da pandemia, já eram magras. Agora, tudo indica, devem ter ainda menos volume. De acordo com um estudo de três economistas do think tank Bruegel, metade das famílias em Portugal, até ao início de março, só tinha poupanças para, no máximo, cinco meses de consumos básicos. Esta notícia é avançada pelo “Jornal de Negócios” esta terça-feira.

Os economistas do Bruegel analisaram os dados do Eurostat e do Banco Central Europeu sobre rendimentos, consumo e níveis de vida das famílias europeias e concluíram que a fragilidade financeira é grande.

“Uma em cada três famílias na União Europeia não está preparada para reagir a choques inesperados, quanto mais numa pandemia”, aponta o estudo.

Na generalidade dos países europeus, as famílias apresentam uma fragilidade que os economistas consideram elevada. Portugal aparece entre os países com menor robustez: metade das famílias esgota as poupanças em pouco mais de cinco meses.

Malta e Áustria destacam-se como os países com maior robustez financeira, com capacidade para aguentar os consumos básicos durante mais de 15 meses.