10.5.08

"A crise exige mais integração europeia"

David Dinis, in Jornal de Notícias

Presidente garante que a UE é uma "âncora estratégica"


A assinatura final coube ao presidente da República e foi guardada para o Dia da Europa. Feita a formalidade, Portugal já faz parte dos países que ratificaram o Tratado de Lisboa, que aguarda apenas o referendo na Irlanda para se tornar o texto central da construção europeia.

Um processo que Cavaco Silva considera determinante, mais ainda no actual contexto "As actuais dificuldades económicas e sociais e a crise dos mercados financeiros exigem mais integração europeia."

Num breve discurso, feito após a assinatura simbólica, o presidente deixou elogios ao Tratado, "para responder aos desafios do nosso tempo, em particular aos problemas que os cidadãos enfrentam, como o desemprego, a insegurança, as alterações climáticas, a exclusão social."

Cavaco Silva considera, aliás, que o documento "é um grande desafio à vontade política dos líderes europeus". Porque "o seu sucesso", disse, "exige determinação política e convergência de esforços entre os líderes dos Estados membros e das instituições europeias."

Ao Governo ficou um pedido expresso que adapte as estruturas diplomáticas para "garantir influência efectiva no processo de decisão comunitária, para poder defender eficazmente os interesses do nosso país." Porque, segundo o presidente, "a União Europeia é uma âncora estratégica decisiva para garantir um futuro melhor para os portugueses."