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O director-geral do Banco Mundial (BM), o salvadorenho Juan José Daboub, declarou hoje que a instituição não vai intervir nos mercados para travar a subida dos preços dos alimentos
Daboud defendeu que serão os próprios mercados que corrigirão a tendência altista porque, segundo notou, «é melhor ter um mercado imperfeito do que uma burocracia perfeita decidindo por outros», prognosticando que a crise poderá durar dois ou três anos.
O ex-ministro das Finanças de El Salvador indicou que a solução passa por «aumentar a produção alimentar global». «Este não é um fenómeno de curto prazo. Pode ser de dois ou três anos. Precisamos de trabalhar num novo acordo para uma política alimentar que possa responder às necessidades a curto prazo, tendo em mente que vai levar tempo para aliviar a situação», considerou o responsável do Banco Mundial.
Segundo o director executivo do BM, os dois ou três anos que se levarão em corrigir a tendência altista implicarão um retrocesso de sete anos na luta contra a pobreza. Indicou que nos últimos anos a subida dos preços dos alimentos empurrou para a pobreza 100 milhões de pessoas.
Lusa/SOL