in Jornal de Notícias
Os programas do Governo de "combate à pobreza extrema envolvem mais de 400 milhões de euros", disse, ontem, em Lisboa o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva.
"Mais importante" do que as verbas despendidas é "garantir que cheguem a quem delas necessita", disse Vieira da Silva, sublinhando que o combate à pobreza só pode ser feito "num esforço de cooperação com a sociedade civil". Acrescentando que o combate à pobreza passa "por um esforço significativo de todos", Vieira da Silva admitiu porém que "a primeira responsabilidade é do Estado".
No entanto, disse, o Governo "não alimentará alarmismos que não se justificam", uma vez que "Portugal dispõe de instrumentos de emergência social, linhas de apoio, e prestações sociais suficientes que apenas têm que chegar eficazmente a quem deles necessita".
Segundo Vieira da Silva, o ministério que tutela disponibiliza "hoje mais de 1.400 milhões de euros" em cooperação com instituições da sociedade civil, nomeadamente para prestações sociais, sobretudo para as prestações sociais não contributivas que "são as que mais têm crescido, apesar do período de consolidação orçamental".
A "batalha decisiva" com que o sistema se confronta actualmente é o de "garantir" que os instrumentos de apoio cheguem "a quem deles necessita, para garantir uma maior coesão social", sublinha o ministro.


