in Jornal de Notícias
Os imigrantes brasileiros e cabo-verdianos pagam três vezes mais pelos seus documentos de identificação do que um português, mas são os ucranianos os mais penalizados, pagando 16 vezes mais, segundo um estudo ontem divulgado em Lisboa. Os cidadãos ucranianos são também "os mais penalizados em termos de procedimentos exigidos para acederem a certos produtos e serviços", conclui o estudo "Quanto Custa Ser Imigrante".
Enquanto os cabo-verdianos e brasileiros podem, a título de exemplo, solicitar a Autorização de Residência Permanente após cinco anos de residência no país pelo valor de 21,10 euros, os ucranianos só podem fazê-lo ao fim de oito anos e pagam 223,20 euros.
Da autoria de Edite Rosário e Tiago Santos, o estudo foi feito em parceria com o Alto-Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural e avaliou igualmente se o acesso a um conjunto de produtos e serviços se processa em condições de igualdade. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, negou a existência de discriminação contra imigrantes na cobrança de taxas e aconselhou "muita cautela" nas comparações, considerando terem sido comparados documentos distintos.


