in Jornal de Notícias
A taxa de desemprego baixou 0,2 pontos percentuais no primeiro trimestre deste ano face ao anterior e 0,8 pontos percentuais face aos mesmos meses do ano passado. Neste período, 427 mil pessoas queriam (e procuravam) trabalhar, mas não encontravam onde, o que coloca a taxa de desemprego nos 7,6% a mesma esperada pelo Governo para o final do ano, mas que esta semana já tinha sido considerada de difícil execução por vários economistas ouvidos pelo JN.
Em causa está a forte quebra na economia no início do ano, admitida pelo INE e que deverá prolongar-se durante mais algum tempo (quanto, ao certo, ninguém arrisca adivinhar). Ontem, à Lusa, o professor universitário João Ferreira do Amaral dizia que o relatório do INE (redução do desemprego e aumento do emprego) "não é compatível" com a evolução da economia, porque implicaria uma "queda da produtividade".
Só em Junho se saberá qual foi o real crescimento da economia no primeiro trimestre, e os economistas lembram que o mercado de trabalho só reage aos números da riqueza criada passado algum tempo. Mas, para já, o INE assegura ter havido uma redução no número de mulheres, de jovens e de pessoas com até ao 3.º ciclo do ensino básico, que estavam desempregadas. AF