in Rádio Renascença
A Igreja Católica volta a expressar a sua preocupação com o aumento do número de casos de pobreza em Portugal e vai incentivar as suas instituições a estarem atentas e a responder aos apelos de ajuda.
“Sente-se junto dos centros sociais que há uma procura e sente-se também que estes já não capazes de responder a tantas solicitações, que têm crescido nos últimos tempos”, disse D. Carlos Azevedo, porta-voz do CEP.
A questão foi discutida na assembleia plenária extraordinária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorreu em Fátima.
Do encontro saiu o apelo às instituições da Igreja para que reforcem o seu papel nesta área, porque a Igreja não se limita a denunciar a situação. D. Carlos Azevedo adiantou que, perante as situações de pobreza que existem em Portugal, “as dioceses incentivarão as suas instituições para que estejam atentas e respondam às necessidades que o país atravessa e às principais crises financeiras e económicas que algumas famílias suportam neste momento”.
Questionado sobre se a Igreja Católica já manifestou junto do Governo preocupação face à situação, Carlos Azevedo afirmou que “importam sobretudo as respostas que [a Igreja] pode dar”, sublinhando que “a sociedade também tem respostas a dar e tem obrigação de as dar”.
Para o porta-voz do CEP, “a Igreja cumpre o seu papel, que é estar próxima das populações”. “As instituições não se opõem e não andam em despique a ver quem consegue andar mais próximo dos pobres. Trata-se de estar próximo das realidades e quem está próximo das realidades em todo o território nacional tem sido e continua a ser a Igreja Católica”, disse.